Às vésperas do dia dos pais, cairia bem uma crônica, pra lembrar a origem da data. “Evoca-se como origem dessa data a Babilônia, onde, há mais de 4 mil anos, um jovem chamado Elmesu teria moldado em argila o primeiro cartão. Deseja, sorte, saúde e longa vida a seu pai. Daí tornou-se uma festa nacional. Os EUA, Portugal é comemorado no dia de São José. Em pelo menos vinte oito países, mundo afora é comemorado no terceiro domingo de junho. No Brasil, é comemorado no dia de São Joaquim, 15 de agosto.(fonte:Wikipédia.org.br)
No tocante a origem da palavra, chegamos a mais de uma vertente. ”Os etimólogos lembram que a raiz “pa” do sânscrito vinculada as ações de alimentar e proteger, encontra-se na origem dessa história: Presume-se que a criança pequena associa o som “pa” à presença do pai, em contraste com o “ma” (macio...) de sua mãe. Se a mãe está associada ao alimento que vem do mamilo (o leite), também o pai é visto como aquele que traz alimento (papa é como em Portugal se fala papai).(fonte: palavraseorigem.blogspot.com)
O carinhoso vocativo ‘Papa’ com o qual designamos o sumo pontífice, o sucessor de Pedro, sob o qual Jesus Cristo, confiou a sua igreja, significa o mesmo que “papaizinho” em italiano, uma das línguas cujo berço é o latim. Patre (pai em latim) do radical ‘patr’ é berço etimológico de: pátrio, patrício, patrono, padrinho, padre, e por incrível que pareça, bispo, que é pai duas vezes. Aquele que vela, vigia, cuida, epis= de cima; skope= observa.
Pra não perder o ritmo, resolvemos buscar a significação de pelo menos dois prefixos tão comumente usados, inclusive na lusofonia. Os prefixos “bis” e “a” este de cá, agregado a um radical vai dar sentido de negação. O termo ‘abundância’ por exemplo, que significa coisa vultosa, fartura; bundo= coisa sem importância; com a adição do prefixo o termo vai significar justamente o contrário.
Uma piada vem calhar, no que concerne ao termo. Diz que uma velhota, matuta do pé da serra, pra lá de irreverente, foi pra uma consulta médica, e o esculápio começou:
“-A senhora tire a roupa, vista esta bata, e se deite naquela cama
-Nessa caminha apertada. E cabe nós dois doutor?
-Sabe o que é doutor... É que estou “mijando” demais, é de hora em hora...
-Ah! A senhora está urinando com abundância.
-Não doutor é com a “priquitância” mesmo.”
O prefixo “bi-s” que significa “duas vezes” possibilitaria, entre outras, o surgimento de termos como: “Bisavô (ó) avós duas vezes; “Bisáco”, (do latim bissacus significa, um saco com dois compartimentos, bornal); “Biscoito” ( do latim bis+ coctus cozer; bolo pequeno cozido duas vezes)
E pra encerrar uma piada, sobre o prefixo “Bis”. Velha, porem sempre atual:
Meu amigo Tonho neguinho o matuto mais desenrolado do sertão das Alagoas, foi pra São Paulo. Entrou num restaurante com uma baita fome. Não sabia ler, pegou o cardápio de cabeça pra baixo, Ficou só cubando as mesas vizinhas.
Um casal noutra mesa pediu Aipim gratinado. Ele não contou conversa, acudiu ao garçon dizendo que queria o mesmo que o casal pedira. Quando chega: Macaxeira! Ele pensou: “-Agora deu a gota! O cabra sair do sertão pra vir comer macaxeira no centro de São Paulo!” Logo ele que detestava macaxeira. Resignado comeu. E continuou esperando.
O casal chama o garçon e pede: “-Garçon. Bis!” Tonho pensou: “BIS deve ser um prato bom. Aí, Tonho: “-Garçom! BIS! E haja macaxeira. Coitado comeu a pulso. Pagou e foi pra uma discoteca. Ficou dançando por ali, tomou umas canas. Nisso a música que estava tocando terminou. Um cara gritou: “DJ! Bis! Bis! Bis!” Tonho Neguinho sacou da cintura uma peixeira, riscando no chão sentenciou: “-Êpa! Se vier mais Macaxeira eu mato um fio da peste desses!”
Fabio Campos 06.08.2014 Breve no blog do Autor o Conto inédito: “O Sinal e a Cruz”
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