Nem tudo que parece é. A regra ditada neste adágio vale também para o mundo da Língua. Ao “saborear” o nome pimenta malagueta. Ardeu-me na mente a curiosidade: O tão apreciado fruto, amplamente utilizado na culinária baiana e nordestina, teria origem na longínqua Málaga de Espanha?
“A pimenta-malagueta é uma variedade de Capsicum frutescens muito utilizada em Angola, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Brasil, Moçambique e Portugal. Também é conhecida pelos nomes de gindungo, maguita-tuá-tuá, ndongo, nedungo e piri-piri. Em Angola, Moçambique e Portugal, são chamados piri-piri A designação malagueta era já dada, antes da chegada dos europeus à América em 1492, a uma especiaria picante da África Ocidental.(Fonte:Wikipédia.org)”
Portanto não era. Pouco recomendada para quem tem problemas no sistema gastrointestinal, não obstante, potencializam-se nesta hortaliça, inúmeros benefícios para a saúde. A ponto de:
“Novos analgésicos podem ajudar a evitar a dependência de remédios. Segundo a equipe de cientistas da Universidade do Texas, a substância capsaicina encontrada principalmente na Pimenta Malagueta, pode bloquear alguns pontos do organismo que estão afetados com a sensação de dor. Em um breve futuro poderão ser encontrados em forma líquida, comprimido ou injetável.(Fonte: pimentasonline.com/blog)”
Animou-me particularmente, ver os apresentadores do “jornal hoje” da rede globo (do dia 11.08.14) dizer que a partir da próxima semana serão exibidas reportagens sobre os diferentes sotaques, das diversas regiões do Brasil. Daí, lembrei-me dos gentílicos:
Acessando o blog porofesorportuga.blogspot encontrei estes daqui:
“Gaúcho: Foi usado pejorativamente para designar os habitantes do Rio Grande do Sul na época do Império durante a Guerra Farroupilha, com o objetivo de menosprezá-los, mas depois, na República, foi adotada por eles, com orgulho. Potiguar ou norte-riograndense (Rio Grande do Norte): Potiguar era o nome de uma nação tupi que habitava a região litorânea na qual hoje se localiza o estado. Em tupi, quer dizer “comedor de camarão”. Não por coincidência, o estado é o maior exportador brasileiro de crustáceo.
Capixaba ou espírito-santense (Espírito Santo): Capixaba também tem origem tupi e significa “lugar para se plantar” ou “terra de plantação” (especialmente de milho, abundantes na região). Barriga-verde ou catarinense (Santa Catarina): Havia em Santa Catarina um regimento militar, com base em Florianópolis, cuja farda incluía uma larga faixa verde, que cobria a barriga. Seu grupo de soldados se destacou na guerra da Cisplatina (1825-1828, do Brasil contra as Províncias Unidas do Rio da Prata).”
Mas o Candango e o Cabeça-chata? Estes, só fui encontrar no Yahoo.respostas.com
“Candango é o termo dado a quem vive em Brasília, mas não nasceu na cidade. Atualmente também tem sido utilizado por alguns brasilienses para se identificarem. De origem africana, Candango: significa "ordinário", "ruim", e era a denominação que se dava aos trabalhadores que participaram da construção de Brasília.”
Aqui no nordeste chamamos o trabalhador desqualificado de, “cassáco”, “pião”, “bóia-fria”, “magnú”, “piau”, “urêia”, entre outros.
“Cabeça chata: Estudos realizados em 83 esqueletos humanos registrados pela Equipe de arqueologia da Universidade Católica de Pernambuco, em escavações no Sítio Furna do Estrago, Brejo da Madre de Deus, estão contribuindo para o conhecimento do biótipo, das patologias e do modo de vida do homem pré-histórico de Pernambuco.
Os esqueletos pertencem a uma população homogênea de braquicéfalos (cabeças-chatas), não aparentada com outros grupos pré-históricos já estudados no Brasil.”
O saudoso humorista cearense “cabeçachatense” assumido, Chico Anísio. Dizia que as cabeças dos nordestinos só ficariam com essa conformação, porque era só a criança nascer, já iam os pais lhe batendo na cabeça dizendo:
“-Quando crescer! Vai pra São Paulo!”
Ora, também os povos amarelos possuem cabeça levemente achatada. São Paulo foi toda ela construída por imigrantes na sua maioria. O famoso Bairro da Liberdade. É até hoje, a maior colônia japonesa no Brasil. Duas piadas para encerrar. A primeira, um caso real, focaliza os sobrenomes de famílias tradicional do Japão:
“Um casamento, na maior colônia japonesa do Brasil, acabou se tornando motivo de piada, a moça se chamava Mitiko Kudo e o seu noivo, Jorge Endo. Depois da união matrimonial, o nome da moça acabou ficando: Mitiko Kudo Endo.”
Em tempos de eleição, Brasília se esvazia de seus “Candangos” de colarinho branco, que vão a cata de voto nos seus redutos eleitorais. Teve aquele que estava num comício, e o prefeito seu “cabo eleitoral” empolgado discursava:
“-Minha gente! Pra Deputado Federal vamos votar, neste grande amigo nosso! Eu prometo, se ele ganhar: Dou sobrinha as mulheres, e capa os homens! Se antes, vocês tomavam água numa cuinha vão passar a tomar num cuião!”
Fabio Campos 13.08.2014 No blog do cronista fabiosoarescampos Breve “O Sinal e a Santa Cruz (Parte Dois)
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