Djalma de Melo Carvalho
Membro da Academia Maceioense de Letras
A bela, encantadora e hospitaleira cidade de Garanhuns, Pernambuco, situada entre sete colinas no Planalto da Borborema, promove anualmente no mês de julho o seu Festival de Inverno, megaevento que atrai milhares de turistas do Brasil e do mundo.
Conhecida como Cidade das Flores ou Suíça Pernambucana, Garanhuns está a 842 m acima do nível do mar. Pelo seu clima serrano ou clima de altitude, a cidade é procurada pelo turista em qualquer estação do ano, sobretudo no inverno.
No Festival de Inverno, por exemplo – este ano realizado em 25ª edição –, a cidade engalana-se e é invadia por gente de todas as latitudes. Ruas e avenidas com seus belos jardins enchem-se de visitantes. Trânsito engarrafado. Hotéis e restaurantes superlotados. Dinheiro circulando na cidade e o comércio renovando estoque. Recursos, afinal, injetados na economia local de maneira efetiva. Haja ou não crise.
A programação do festival é extensa. Geralmente vai de 16 a 25 de julho e contempla todas as expectativas do turista: shows, música popular brasileira, música erudita, música sacra, cultura popular, folguedos, danças, teatro, mostra de cinema, artesanato, artes visuais, moda, fotografia, literatura, folclore, circo, oficinas, seminários, etc. Tudo em palcos e em locais diferentes. Verdadeira difusão cultural.
A população de Garanhuns está estimada em 140 mil habitantes. Cidade importante e polo centralizador de atividades comerciais do agreste meridional pernambucano. Sua economia tem como base sólida a indústria, o comércio, a agricultura, a agropecuária, laticínios, construção civil, boa hotelaria, restaurantes de qualidade e ampla gama de serviços, tendo o turismo como carro-chefe gerador de recursos, emprego e renda.
Edifícios de muitos andares, residências modernas e elegantes, seminário, mosteiro, sede de diocese, inúmeros educandários, ruas e avenidas bem tratadas, jardins, flores, estações de rádio, jornais, educação, saúde e visíveis sinais de desenvolvimento. Garanhuns, assim, parece possuir status de capital, de metrópole, a julgar, também, pelo seu campus universitário, faculdades, clínicas especializadas, rede hospitalar e serviços de saúde à disposição da população.
Realizado, anualmente, no mês do carnaval e com formato diferente, o Garanhuns Jazz Festival leva à cidade artistas nacionais e internacionais. Segundo panfleto distribuído, o evento consolida-se como “verdadeiro intercâmbio cultural entre o jazz, blues, frevo, maracatu, pífanos e a cultura local”.
Igualmente, tende a consolidar-se como atração turística o Natal Luz, evento que vem sendo realizado na cidade nos moldes do realizado em Gramado, na serra gaúcha.
A vocação turística da cidade, como se vê, é fato patente, incontestável.
A história de Garanhuns, que remonta a meados do século XVII, registra que originalmente as terras onde se formou a sede do município eram ocupadas pelos índios cariris e onde, posteriormente, estabeleceram-se brancos e negros, fugidos da perseguição dos holandeses. Em 29 de setembro de 1658, nas referidas terras, então doadas em sesmaria, fundou-se a vila de Garanhuns, que logo prosperou. Entre 1699 e 1762, por carta régia, Garanhuns foi sede da chamada Capitania do Sertão do Ararobá, zona compreendida entre Cimbres e o Pajeú das Flores. Tornou-se paróquia em 1800, e elevada à cidade em 1811.
Retornando ao assunto Festival de Inverno, estivemos em Garanhuns, eu e Rosineide, acompanhados da amiga Terezinha Lages, nossa querida Tetê, no período de 20 a 23 de julho passado, para participar de boa parte da programação do festival.
Ficamos hospedados no Garanhuns Palace Hotel, sob os gentis cuidados dos seus proprietários Givaldo Calado de Freitas e sua esposa Emília, conhecidos empreendedores na cidade e nossos estimados amigos de longa data.
Convidados pelo ilustre casal, assistimos, em seu camarote repleto de amigos, aos shows realizados à noite na Esplanada Guadalajara, aplaudindo bandas e artistas e apreciando o sereno e a garoa que caíam sobre o grande e animado público.
O Garanhuns Palace Hotel, excelente estabelecimento a serviço da hotelaria da cidade turística, fundado em julho de 1990, a cada ano recebe reformas, amplia e moderniza seus espaços e instalações.
O hotel, agora em julho, comemorou, festiva e merecidamente, suas Bodas de Prata. Na solenidade, e feliz com o sucesso do hotel, assim disse seu proprietário, orgulhosamente: “Faz, hoje, 25 anos o Garanhuns Palace Hotel – Bodas de Prata. Não há quem diga! Também, novinho em folha. Repaginado. E se repaginando, sempre, a cada momento, para melhor atender aos seus inúmeros clientes, considerados por ele como seus príncipes e princesinhas reais. Também, crescido em sua capacidade de atender a um número maior de suas demandas.”
A cada cinco anos a festa se repete.
Parabéns, afinal, ao casal amigo.
Maceió, agosto de 2015.
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