Djalma de Melo Carvalho
Membro da Academia Maceioense de Letras
No período de 5 a 21 de setembro deste ano, estivemos em viagem de turismo participando do chamado Circuito Italiano, que vai de Roma a Milão, com uma prevista esticada de Lisboa a Santiago de Compostela, com a permanência de dois dias na cidade do Porto.
Costumamos dizer que viajar, fazendo turismo, é exercício salutar, sobretudo para os aposentados e para aqueles que não mais têm compromisso com o trabalho, do empregado propriamente dito ao empresário que encerrou suas atividades.
O turismo parece o bom negócio da atualidade, de muita movimentação financeira, de muito dinheiro circulando, a julgar pela multidão que é encontrada nos lugares mais visitados do mundo, como Paris, Lisboa, Roma, Vaticano, Veneza, entre outros.
Claro que o turismo algumas vezes nos causa percalços a partir da espera em aeroportos, filas, cumprimento de rígidos horários, burocracia alfandegária, etc. Não há como negar a eventual canseira que nos dá, mas vale a pena exercitá-lo.
Pois bem. Com a ansiedade e o entusiasmo da querida Rosineide, chegamos a Roma já no começo da noite do dia 6, sábado. A demora havida no aeroporto, em virtude do tumulto que ali se formou para o recolhimento de milhares de malas jogadas numa única esteira, fizera-nos chegar com atraso para o passeio noturno ao centro histórico da Cidade Eterna. Por um triz e contando com a gentileza da guia Aura, não perdemos o passeio, mas não salvamos o jantar oferecido pela empresa de turismo.
No dia seguinte, em viagem de ônibus que durou cerca de duas horas, chegamos a Nápoles e a Pompéia, como programado pela Abreu Turismo.
Nápoles, situada na região chamada de Campânia e à beira do mar Tirreno, é a maior cidade do sul da Itália, e a terceira mais populosa, após Roma e Milão. É a terra natal das famosas pizzas. Importante zona portuária. Cidade antiga com prédios de arquitetura semelhante à de toda a velha Europa. Da bela paisagem da baía o turista avista a ilha de Capri e o monte do Vesúvio.
Em Pompéia, em companhia de competente guia turístico local, percorremos as ruínas da cidade soterrada pela fúria da explosão do vulcão Vesúvio, tragédia que matou 16 mil habitantes de uma população de 20 mil almas. O sítio percorrido (o que restou de casas, anfiteatro, praças, prédios públicos, pórticos, corpos carbonizados, utensílios domésticos, etc.) está tostado pelo fogo das lavas, da lama, das cinzas e dos vapores letais vomitados sobre a cidade nos dias 24, 25 e 26 de agosto do ano de 79 a. C. A cidade em ruínas foi redescoberta no século XIX. Trata-se de visita cansativa e comprovadamente repleta de tristeza
O sítio histórico, afinal, com todas as tristes lembranças da tragédia dá, hoje, suporte financeiro e econômico à cidade nova e à região. Hotéis, restaurantes, lanchonetes, casas comerciais, transportes e toda a infraestrutura pertinente foram construídos nas cercanias da nova cidade para atender ao intenso turismo que ali se pratica durante o ano inteiro, proporcionando emprego e renda para aquela gente.
Maceió, setembro de 2014.
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