Boa oportunidade ofereceu-me nossa Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes, para visitá-la em 20 de abril passado, quando em sua sede social se realizou o lançamento dos dois volumes da coleção didática denominada Santana do Ipanema – Cidade da Gente, produção literária de autoria de sete autores santanenses: Ariselmo de Melo, Clerisvaldo B. Chagas, Ederlan da Cunha, Jicélia Gomes, Marcello Fausto, Sandra Machado e Verônica Araújo.
No conteúdo constam estudos regionais (anos iniciais e anos finais) que farão parte da grade curricular destinada ao ensino fundamental do município de Santana do Ipanema. Trabalho merecedor de elogios de parte de educadores e de intelectuais.
Noite festiva para a Educação em minha cidade natal, que contou com a presença de inúmeros acadêmicos, convidados, da ilustre prefeita Cristiane Bulhões e de secretários municipais, notadamente os da Cultura e da Educação.
O lançamento dessa coleção didática, com sessão de autógrafos, fez parte da programação festiva e cívica dos 147 anos da emancipação política de Santana do Ipanema.
Remeteu-me o auspicioso evento da cultura santanense à solenidade da fundação da nossa academia de letras, realizada em 28 de maio de 2012, presidida pelo saudoso poeta Jucá Santos, autor da luminosa ideia e feliz surpresa histórica, de pronto acolhida por Renilde Bulhões, então prefeita do município de Santana do Ipanema.
Diga-se, de passagem, que Dr. Cláudio Antônio Jucá Santos, presidente da Academia Maceioense de Letras, ali se encontrava como meu especial convidado para o lançamento de Águas que se Foram, oitavo livro de crônicas que eu acabava de publicar no recinto da Câmara de Vereadores da cidade.
Usando, rapidamente, a palavra na reunião de 20 de abril passado, lembrei-me de que se acha ao final do prefácio do livro Fruta de Palma, do escritor santanense Oscar Silva (1915-1991), a seguinte frase de Tadeu Rocha (1916-1994), também escritor santanense, referindo-se a Santana do Ipanema: “Essa terra é minha terra e essa gente é minha gente.”
Tadeu Rocha é autor de seis livros, tendo sido Modernismo & Regionalismo considerada a mais importante de suas obras publicadas. Sobre ele, disse o saudoso escritor José Marques de Melo: “Tadeu Rocha era uma espécie de príncipe dos intelectuais santanenses.”
Tudo isso, afinal, deve ser creditado à existência da nossa academia de letras, hoje presidida pelo jornalista José Malta Fontes Neto, rapaz empreendedor, editor de livros e incentivador de produções literárias da espécie em prol da cultura e da educação em nossa terra.
Aí está Santana do Ipanema – Cidade da Gente. De parabéns, portanto, a mocidade estudiosa de minha terra.
Maceió, agosto de 2022.
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