Acabo de receber do presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco, deputado Guilherme Uchoa, honroso convite para assistir à solenidade de entrega do título de Cidadão Pernambucano a Manoel Messias Nascimento de Melo, alagoano de Santana do Ipanema. O convite traz, ainda, a chancela da deputada Teresa Leitão, autora da pertinente resolução aprovada.
Até o início da década de sessenta do século passado, talvez antes, havia a tendência do jovem santanense em procurar estudar no Recife. Não sei bem as razões dessa preferência, mas chego a imaginar que tudo se devia ao fato de o comércio em grosso do Recife constituir-se na principal fonte de abastecimento do comércio da cidade. O então liame comercial existente entre aquela metrópole e Santana do Ipanema também alicerçava a estrada da educação e da formação cultural dos jovens de minha terra. Ademais, não existia universidade em Alagoas.
Manoel Messias e seus irmãos seguiram esse caminho a custo de muito sacrifício. Em Santana do Ipanema ficara Manoel Constantino Melo, seu pai, comerciante de miudezas em sociedade com o irmão José Constantino. Muitos anos mais tarde, desfeita a sociedade, os pais também deixaram a terra natal para morar no Recife. Foram juntar-se aos filhos, quase todos já encaminhados na vida.
Lá encontraram Manoel Messias já formado em Ciência da Computação, aplicado cientista social, com mestrado brilhantemente concluído, e fundador do Sindicato dos Profissionais da Área da Computação em Pernambuco.
Afinal, que fez o estimado primo Messias para receber tão significativa honraria do legislativo pernambucano?
Certamente o mérito pessoal, de homem sério e de competente profissional dedicado à sua empresa. O de permitir-se engajar-se no movimento sindical daquele Estado, cuja liderança positiva se estenderia Brasil afora. Convocado para integrar o conselho de dirigentes da CUT nacional, Messias, agora, é seu representante para o Mercosul. Mérito sem alarde, sem discurso espalhafatoso, sem holofotes da mídia; mérito de trabalho de bastidor, de conselheiro da engrenagem política que faz o sucesso do movimento sindical, sempre em sintonia com os ideais e as justas aspirações do trabalhador brasileiro.
Aos cinqüenta anos de idade, além de competente profissional, Manoel Messias é um vitorioso, filho dedicado, exemplar pai de família, homem de firmes convicções políticas, estudioso e conhecedor dos problemas brasileiros.
Associo-me ao coro de aplausos e de alegria dos pais Manoel Constantino e Mariínha (meus tios) e dos irmãos Sônia, Sílvio, Manoel Filho, Marilene e Simone. Também me sinto orgulhoso com o galardão conferido a Manoel Messias, porque sei que ele fez por merecer a honraria, estudando, lutando, trabalhando e suando a camisa para poder conquistar um lugar ao sol. Parabéns!
Maceió, dezembro de 2008.
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