Lá no Sítio Gravatá, interior do município de Santana do Ipanema, Francisco Ferreira de Carvalho (Francisco Vicente), meu avô, construiu sua propriedade de muitas tarefas, com mata virgem e fonte perene de água cristalina, que tinha como limites a margem esquerda do riacho Gravatá e o pé da serra do Gugy. Nesse apreciável espaço, criou oito filhos, três homens e cinco mulheres. Casaram-se os primeiros, construíram casas na mesma propriedade e lá mesmo ficaram morando por longo tempo. Os demais filhos, uma vez casados, instalaram-se não muito longe dali. Tempos depois, quase todos eles, com a filharada crescida, ganharam o mundo afora, a partir de Santana do Ipanema.
Agora, em 9 de agosto passado, em Mogi das Cruzes, assisti à elegante cerimônia do casamento de sua bisneta Ana Paula com o jovem Fernando, filha de Ana Maria Damasceno, que, bem articulada, conseguiu levar a São Paulo primos, parentes e conterrâneos amigos. De minha parte, estiveram presentes sete irmãos, esposas e um punhado de sobrinhos também acompanhados, dando à festa verdadeiro clima de confraternização de família.
Distante cerca de 60 km do aeroporto de Guarulhos, Mogi das Cruzes, com quase 500 mil habitantes e região metropolitana, é cidade de visível progresso, com indústrias, movimentado comércio, ruas e avenidas bem cuidadas, ensino superior, saúde e segurança.
Do hotel no centro da cidade o micro-ônibus levou o grupo de convidados à vizinha cidade de Arujá, onde, em elegante casa de festa campestre (Buffet), se realizou o casamento. Antes, porém, em decorado e amplo salão, foi servido o coquetel de entrada, prática ainda não conhecida nestas bandas de cá, em se tratando desse tipo de evento. Em noite de muito frio e ameaça de garoa, uma tímida lua cheia desejava brindar os convidados que assistiram, ao ar livre, a cerimônia religiosa. Para surpresa dos presentes, a bonita noiva ali surgia em carruagem atrelada a um enfeitado cavalo branco. Os cumprimentos dos recém-casados, jantar e som de boa orquestra foram reservados ao grande salão ao lado, onde se encontravam cerca de 400 convidados. Registre-se que competente cerimonial comandou as ações da festa.
No dia seguinte, com uma deliciosa feijoada e boas relembranças da terra natal, a prima Ana, esposo e filhos, sempre gentis e hospitaleiros, acolheram em sua residência os primos de Alagoas.
Depois daí, e conforme programado, o grupo deu uma boa esticada até São Paulo, a grande metrópole onde pulsa o maior centro financeiro do Brasil. Em Santa Ifigênia, na Avenida Cásper Líbero, ao lado da Avenida Ipiranga e bem perto da Estação da Luz, meu grupo ficou hospedado. Em verdade, a duração da estada (dois dias, apenas) foi insuficiente para compras na Rua José Paulino, Rua 25 de Março e visita ao Mercado Municipal, com breves paradas em botecos para o saboroso chope.
A par da alegre e proveitosa viagem, anuncia-se para o próximo ano outra festa de casamento na mesma cidade. Já convidado, afinal, o grupo de primos e sobrinhos promete novas emoções.
Maceió, agosto de 2014.
Comentários