A revolução do proletariado

Augusto Ferreira

Poucos dias para o segundo turno das eleições que elegerá governadores e presidente. No primeiro turno quatro candidatos apareciam nas pesquisas eleitorais como preferência dos eleitores. Para as eleições de 29 de outubro restaram os dois candidatos com maior percentual de votos. O presidente Lula e ex-governador de São Paulo.

A televisão já apresentou dois debates dos presidenciáveis. Um atípico. O ex-governador de São Paulo muito nervoso e prometendo o que é impossível. Lula se apresentou mais tranqüilo e indignado com as acusações do adversário.

No último, que ocorreu no dia 19 de outubro, os presidenciáveis apresentaram outra característica. Ironias de ambos os lados, porém mais pacífico e com apresentação das propostas de governo.

A guerra por voto é absurda. Há propagandas políticas que são verdadeiros atos de terrorismo. Mas como dizem que na política vale tudo, os tucanos não se intimidaram em montar uma propaganda que acua e inibe, e porque não dizer, assusta o telespectador. O dossiê é a estratégia para tirar os votos do PT.

Além disso, os coordenadores da campanha do PSDB estão dispostos a tocar no lado emocional dos eleitores para ganhar votos. O que se ver nos meios de comunicação é um absurdo. Um verdadeiro desrespeito ao eleitor.

Não há dúvidas que a esta altura, com pouco menos de uma semana, para as eleições, os eleitores já escolheram seu candidato e não estão dispostos a trocá-lo. O caso dossiê está saturado. Sem provas concretas. O eleitor não vai trocar o certo pelo duvidoso.

Escolher o candidato correto é um ato de responsabilidade do eleitor. O primeiro turno apresentou um quadro na política brasileira surpreendente. Coronéis que mandavam há décadas perderam o poder. O nordeste mostrou que sabe votar. Chega de coronelismo! Viva a revolução do proletariado.

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