UMA TARDE DIFERENTE

Antonio Machado

Previamente planejado por seu presidente-mor, José Malta, a Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes (LASLCA), às 14:00h, quando o vetusto relógio da matriz de senhora Santana aspergia aos lares daquele burgo citado, aos pés da senhora da Assunção, que nem sequer abriu sua única porta para os acadêmicos poderem vislumbrar seus olhares santos, talvez estivesse triste porque em sua calçada em 1936 as cabeças do famigerado Lampião ficaram aos seus pés.

Mas aqui se iniciava uma tarde diferente para um grupo de acadêmicos para um roteiro sentimental no entorno de Santana do Ipanema, era só alegria, pois íamos conhecer algo ainda desconhecidos para muitos, tudo cronometrado em tempo pelo titular do portalista Malta Neto, haja vista àquela entidade cultural ter outras atividades a serem desenvolvidas naquela noite de sexta-feira uma reunião dos acadêmicos no sábado seguinte, quando se estendia até o cair da noite missão cumprida.

Foi deveras uma tarde diferente, visitamos dentre outras uma enorme torre com mais de 400 metros de altura, cujo pedestal servirá para entronização da imagem de senhora Santana, no topo do pedestal por ser a padroeira da cidade, numa demonstração de fé a sua intercessora maior, Santana, do alto daquele monumento, se tem uma visão panorâmica da cidade e outras regiões, aos pés do pedestal uma represa delineia com águas azuis dando um aspecto dos mais belos, aquele local tão aprazível e acolhedor fez, que certamente será motivo de tantas pessoas ávidas de conhecer mais a grandeza de sua terra, cuja represa recebeu o nome do benfazejo político Dr. Isnaldo Bulhões, que tanto fez por sua terra, hoje, seu nome, Dr. Isnaldo, figura nos píncaros da história de Santana do Ipanema, morre o homem, fica a fama, e seu nome está atávico ao progresso, ao desenvolvimento e sua determinação na vida que o viu crescer para o mundo. Confúcio escreveu: “Sem o fogo da batalha, não há o calor da vitória”.

No plano consta um teleférico, para facilitar e embelezar mais aquele ambiente que a natureza começou para o homem terminar. No desfecho daquela tarde diferente que a Academia proporcionou aos seus acadêmicos, incompleto ficaria, caso não visitássemos a lendária capela das Tocaias, perdida nos confins dos matos apenas imortalizada pelo poeta e escritor Clerisvaldo Chagas, mas não conhecemos seu interior, mas bem conservada na parte externa, num recanto daquele lugar lúgubre, amontoa-se uma porção de imagens em estado de deterioração, talvez sejam imagem de santos que perderam a condição de milagres e foram relegados ao ostracismo, dentre outros pode-se ver Santo Antônio, Senhora da Assunção, Santo Padre Cícero, São Frei Damião, que não despertaram a curiosidade dos visitantes, encerrando-se aquelas visitas creio que o portal Malta Net, publicou os melhores momentos.

A noite daquele dia nos deliciamos com um show a parte no suntuoso bar de João do Lixo, que lutou suas dependências com a peça do teatrólogo, artista e escritor Gabriel, um artista multifacetado ao tempo em que dramatiza e canta, enfim, agradando toda a plateia, e com apresentação a Academia Santanense de Letras realizou sua reunião acadêmica com seus membros, encerrando ao meio-dia do sábado, todos cansados, mas cheios de conhecimento e sabedoria, porque a Academia de Letras transmite conhecimento e adquire sabedoria, Jaques Danton (1759-1794) escreveu: “Depois do pão, a educação é a primeira necessidade de um povo”.

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