Há alguns dias, publiquei neste Portal Maltanet, uma matéria focando o polígono da seca, justamente Alagoas se encontra, enfeixando um ciclo de 09 estados. As secas sempre acompanharam a vida do homem no seu caminhar na face da terra,como a lhe perseguir tenazmente.
A história está a registrar grandes estiagens ao longo do tempo, causando muitos problemas como principais, a fome e a seca, como elementos prejudiciais a vida humana. Os governos de todos os tempos, sempre se preocuparam com os estigmas causados pela seca, como fonte vital da existência humana além de afetar o ecossistema dentre eles a flora e a fauna.
Os estudiosos no assunto muito tem registrado nos anuários as gravidades das grandes secas que se espalharam ao longo da história. Sentencia o Marquês de Maricá que: “A história é a biografia da humanidade”, pois é através daqueles que escrevem dos passos do passado ao modo de cada um, que temos o retrato vivo de um passado distante, pois as secas tangem o homem de seu habitat.
Cito aqui algumas secas que permearam o nordeste notadamente esse sertão, a seca de 1877 que dada a sua fúria indomável dizimou muitas famílias, em 1932 grande seca se abateu sobre o sertão, provocando grande desastre face a falta da água, haja vista as poucas cacimbas de minação eram exíguas não dando água suficiente para atender a comunidade.
Eram com alguns hiatos entre um inverno e outro, surgia a seca. Em 1956 todo o sertão passou uma seca das mais fortes, pois eu e meu pai (Floro Machado 1921_1990), tivemos de ir ao rio Ipanema na busca de água salobra para beber em carro de boi, trazida dos arrabaldes do povoado de Poço da Cacimba.
Veja meu leitor, eu mesmo vi, ninguém me contou são das agruras que guardei nas dobras da alma as secas não se acabam, possuem seus ciclos ao redor do mundo. E em 1970,outra seca se abateu no nordeste de maneira acintosa e brava, assustando-nos, os sertanejos. O sol nascia vermelho e caía no fim do dia no poente como uma bola de fogo assustando o povo. Cadê a chuva? Nem sequer nuvens carregadas se viam… aumentando mais os transtornos da seca bravia.
Está-se em 2025 todos os indícios são de mais um ano seco, em 1968 no município de Olho d’Água das Flores a água encanada do rio São Francisco chegou ao município na gestão do professor Valdemar Farias Abreu, tendo como governador de Alagoas Antônio Semeão Lamenha Filho cujo ato foi de grande importância para toda comunidade. Agora, aguarda-se a chegada do canal do sertão que já se encontra nos arrabaldes da cidade e todo seu entorno desfrutará deste esforço conjunto de todos pelo progresso da nação, e que os prenúncios de uma provável seca, dilua-se no tempo, transformando-se em bom inverno com uma sobra substanciosa em todo sertão.
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