Fiat lux (faça-se a luz) teriam sido as primeiras palavras de Deus, em meio a escuridão que cobria a terra, e a luz espancou as trevas, hoje as trevas existentes, são deveras, a falta de luz que se traduz na falta do saber, e a escuridão da ignorância, da falta de conhecimento. Quando os árabes criaram o alfabeto e mais tarde, os fenícios, as vogais, estava completa toda raiz do saber, que na esteira dos anos, levaria o saber, o conhecimento ao mundo. No ano I, do nascimento de Cristo, tudo isto já existia, e é triste se ver ainda hoje tanta gente analfabeta. “De onde vem seu saber, se você não lê” (Dr. Ivan Barros). E uma vez o Brasil descoberto, (22/04/1500), somente em 1549, quase meio século após, D. João VI, mandou construir a primeira escola no Brasil, foram os jesuítas os primeiros professores, enquanto os portugueses queriam escravizar os índios, os jesuítas os defendia, e à medida que lhes catequizavam, ensinavam-lhes as primeiras letras, foram os púlpitos das igrejas, as primeiras escolas. E na varanda dos anos, as escolas se multiplicaram, dada sua importância para o desenvolvimento e a civilização dos povos, surge a figura do professor, com a sublime vocação de ensinar àqueles e levar as luzes do saber. E tanto foi assim que no dia 15 de outubro de 1827, D. Pedro I, baixou um Decreto Imperial, instituindo o Ensino Elementar no Brasil, e nesse documento histórico, ele já mencionava o salário do professor, o valor do mestre é inegável, face sua vocação para as letras, e sobretudo levar a educação aos outros, fazendo dessa árdua tarefa, sua vocação de professor como sacerdócio por toda sua existência, face sua habilidade de ensinar aos outros, como tão bem escreveu Dr. Floro de Araújo Melo: “o homem que cresce é aquele que sabe. E aquele que sabe, cultivou as boas leituras, que são os livros, as revistas e os jornais”. O professor é esse ser anônimo, e ás vezes, esquecido dos gestores, quando eles também passaram por suas habilidosas mãos de educador. O Decreto Federal de Nº.52682 de 14 de outubro de 1863, oficializou o dia 15 de outubro dedicado ao professor. Ah! Professor, aquele a quem D. Pedro disse: “se eu não fosse Imperador, seria professor, porque não conheço profissão mais sublime”. Como é maravilhoso desvendar os mistérios do saber pelo conhecimento das letras, somente o professor possui esse mérito, é aí onde está a essência de sua grandiosidade, como seria diferente, se assim vissem e pensasse os gestores, esse profissional da educação, precisa ser bem remunerado, para que produza uma educação de qualidade na formação dos futuros profissionais para a Pátria, haja vista a mente que se abre para o saber, nunca mais volta a ser a mesma, (Einstein), assim é o mestre, assim deve ser o mestre, o operário do saber. Professor não é somente o que ensina, mas aquele que aprende e que ensina. (Cora Coralina).
Até me questiono, às vezes, por que será que a maioria dos gestores públicos, quando querem cometer uma improbidade administrativa, só o fazem com o dinheiro do FUNDEF. Justamente, a verba destinada aos professores, mormente essa classe (professores), que ao longo de sua história de luta, tanto tem se esforçado para conquistar o que lhe é devido, como agora a luta titânica para a aprovação do PCCS. (Plano de Cargos, Carreiras e Salários), carecendo até de mobilização da classe, para sensibilizar as autoridades que têm poderes de mando para resolver esse impasse. Mas vejam, quando o caso não está afeto aos professores, são resolvidos a contento e rápido, mormente pelos senhores deputados, eleitos com grande parcela dos professores. Mas mesmo assim com todas imprecações, ainda existe a sublime vocação para o magistério, e ele nunca var morrer, porque ser mestre é possuir algo divino, que engrandece a alma humana, o imortal Castro Alves escreveu:/Oh! Bandito o que se meia/ livros à Mao cheia,/ E manda povo pensar/ o livro caindo n’alma/ é germe que faz a palma/ é chuva que faz o mar”. Outubro é o mês dedicado ao professor, esse ser tão mal visto, mormente, pelos gestores, quando todos eles foram forjados na oficina da escola, e sairam dela com o diploma do saber, tendo como artífice, as mãos benéficas de um professor, porque é na escola que se aprende para a vida. Mesmo com poucas letras, o poeta Colly Flores escreveu: “a educação nasce no lar, floresce na escola, e frutifica na sociedade”.
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