Antonio Machado
Acertadamente, alguém dissera que, os homens passam, porém as instituições permanecem. Muitas vezes determinados chefes, presidentes, diretores de órgãos públicos, administram e vivem como se fossem donos das instituições, quando o na realidade tudo passa, dizem até que o tempo passa e nós ficamos, mais tarde, nós passamos e o tempo é quem fica. Com muita pompa a ACALA; - Academia Arapiquense de Letras e Artes,comemorou suas bodas de prata no dia 15/06/2012, foram vinte e cinco anos de trabalho aguerrido a causa das letras. Não tem sido fácil se chegar a este patamar com pontos positivos perante a sociedade, haja vista ser essa sociedade a razão maior desse entidade das letras que lotou o auditório da SESI; Arapiraca para prestigiar a festa do jubileu de prata da ACALA.
Historicamente, a ACALA; nasceu aos 14 de junho de 1987, hoje decorridos vinte e cinto anos, lamentavelmente, dos fundadores, três estavam presentes, uns desistiram, desligando-se da associação literária, outros foram embora. No livro ACALA, história e vida, lançado em 2009, quase no preâmbulo da obra, escrevi substancioso artigo intitulado E assim, tudo começou.. discorro com conhecimento da causa, visto ser o autor intelectual da obra que ora comento. Cora Coraline escreveu: “não sei se a vida é longe ou breve, só sei que ela só terá sendo, se tocarmos no coração de alguém”. E a ACALA; como órgão, sozinha, não anda carece sim de mãos que se entrelaçam em para produzir, caminhar, num conglomerado de fatores que fazem o mecanismo para seu funcionamento. No longínquo 1987, há vinte e cinco anos, essa semente do saber foi plantada em terra fértil por mãos que, souberam bem regar esse planta brotada do seio do saber para se perpetuar na história e no tempo Éramos um pequeno grupo bem jovens ainda que talvez sonhasse alto na busca de um ideal alvissareiro e promissor, e esse grupo não se enganou, essa árvore cresceu e deu frutos sazonados. Hoje, quando são decorridos um quartel de século de lutas incessantes, recuos no tempo e no espaço, mas somamos muitos avanços e crescemos muito, e procuramos dividir esses frutos com àqueles que sempre nos apoiaram acreditando na instituição ACALA, ao longo desse tempo. Sentenciava o poeta Jorge de Lima de que: “na vida encontramos de palmo em palmo um espinho, e de légua em légua uma flor”. Ora meu leitor, esta é uma verdade sublimada pela perenidade do tempo, e muitas, vezes na pressa do tempo que passa, não temos tempo de ver o bem que fizemos, estando mais atrelados no mal que praticamos, e assim caminha a humanidade..
O tempo tingiu o cabelo dos acadêmicos de grisalhos, enervaram as mãos dos mais idosos, outros já deram o grande passo para a eternidade, até me faz recordar uma música que escrevi: “quero saber/ quem vai ficar no meu/ quando eu parar/ e não mais poder cantar/ já fiz seresta/ animei festa/ levei alegria/ a quem ia me escutar”, e segue por aí nesta mesma bitola.
Que bom se ter um livro bom que nos estimule, impulsione para as coisas boas da vida, o imortal escritor Machado de Assis escreveu: “o estudo é a melhor da disciplina. Estudo, trabalho e talento são a tríplice arma com que se conquista o triunfo”, e o escritor, melhor que ninguém, sabe manejar e dosar as palavras, formando os vocábulos, enfim o texto, e o livro vai se fazendo no silencio, como a abelha no fabrico do mel em sua colméia. Iniciamos com uma dúzia de membro, hoje no jubileu de prata, restam somente três, e já somamos quarenta membros afetivos. A Academia Arapiraquense de Letras e Artes, ACALA; cresceu, prosperou, veremos no cinqüentenário, quantos chegarão para comemorá-lo. O inolvidável Pe. Antônio Vieira escreveu: “o livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive”.
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