Antonio Machado
A música é algo que enleva a alma e enternece os corações frêmitos de amor, é manifestação sublime que aproxima as pessoas, tornando-as dóceis e susceptíveis ao amor. Esse enlevo pela música nasceu com o próprio homem, desde cedo ele começou a solfejar na beleza de sua voz como a imitar os pássaros na canoridade, sendo que os demais seres cantam num mesmo tom por toda vida, e o ser humano possui o dom diapasão, a ponto de criar as sete notas musicais, que de tão completas, tornaram-se universais. E foi essa sublimidade da música que encantou o compositor José Maria de Abreu, nascido aos 07 de fevereiro de 1911, filho do maestro Juvenal Roberto de Abreu e a pianista Leopoldina de Souza Abreu, em Jacareí, Estado de São Paulo, vindo a falecer ainda bem jovem no dia 11 de maio de 1966. A música lhe estava nas veias, tanto pelo lado materno quanto o paterno, tanto foi assim que, aos 11 anos de idade compôs sua primeira música, o “hino do grupo escolar” onde estudava, tanto já era seu conhecimento na área musical.
De músico para compositor foi um salto, especializando-se em valsas, constituindo-se um mestre nessa arte, tanto foi assim que o maestro José Maria de Abreu, é considerado pelos estudiosos e discófilos como “o rei da valsa“. O Brasil que é feito de um povo essencialmente festeiro já deu ao mundo vários ritmos musicais como o samba que tem uma origem afro-indígena, o pagode é nosso desdobrando-se no pagode de mesa, que é originário de São Paulo, porém o pagode autêntico e o coco são essencialmente alagoanos em todas suas vertentes, o samba gafieira nasceu no Rio de Janeiro, o forró, o xote, o baião são nordestinos como também o xaxado, sendo a região Nordeste celeiro maior desse gênero musical, e dizem até os entendidos que o chorinho também tem suas raízes no Nordeste, enquanto a valsa é européia com descendência Vienense e percorreu o mundo, levando o maestro José Maria de Abreu, tornar-se um verdadeiro experts nesse ritmo, executando-o magistralmente como conhecer de todas suas nuances, de sua inteligência aguçada para a música surgiram dentre tantas outras jóias musicais, como: “ A casa onde nasci “ , “ a madrugada vem rompendo” “ a noite vem chegando”, “a nossa valsa”, “a última valsa”, e muitas outras que se eternizaram no tempo e na história da música tornando-se imortais. Quem não dormiu e sonhou ouvindo Boa noite amor? Que se tornou uma espécie de “coqueluche” musical da época, sendo até hoje bonita e admirada, “boa noite amor, contigo sonharei...”. Na vida a dois José Maria de Abreu casou com d. Irene Machado que, de cuja união nasceram: Marilena, Roberto e Zezinho.
Como compositor deixou seu nome impresso na música por seu talento, como maestro, foi inimitável, seus acordes jamais serão esquecidos e seu nome é sempre lembrado, mormente por aqueles que gostam e admira as boas valsas até hoje executadas nos ambientes de alto requinte para platéias selecionadas. Seu nome, maestro José Maria de Abreu, tem sido tema para várias discussões, porque grande foi seu talento aliado ao vasto conhecimento científico que você possuía dentro da música, por isto seu nome está inserido na galeria da música popular brasileira, sobretudo agora, quando este ano de 2011, comemora-se jubilosamente, o centenário de nascimento do grande maestro José Maria de Abreu, grandes homenagens devem ser prestadas, e sua história deve ser recontada com letras coloridas notadamente, de um nome que tanta alegria passou para o povo, tornando-se imortal, José Américo de Almeida escreveu: “se eu não poder ajudar criar a felicidade, criarei a alegria que é sua imagem”.
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