“O rei Salomão mandou colocar um trono para sua mãe, e ela sentou-se à sua direita” (Reis: 2,19).
A originalidade do dia das mães parece ter se perdido nas brumas da história, sobrando fragmentos desencontrados, porém o pesquisador tem que se firmar num ponto que ofereça mais consistência subsidiosa. Registra-se que antes de Cristo, os gregos já homenageavam Rhea, que na mitologia simbolizava a Mãe dos Deuses. Ninguém pode negar o valor da maternidade, pois todos somos filhos de mulher que, tem mais de santa do que de mulher, dada sua áurea materna, já entre os romanos vamos encontrar a divindade Cibele, celebrada durante uma semana denominada de “florália”, numa homenagem as mães. No andar da história encontramos no século XVII, na Inglaterra, o quarto domingo da quaresma, dedicado as mães operárias inglesas, enquanto nos Estados Unidos em 1872, registra-se que Júlia Ward, sugeria a instituição de um dia dedicado as mães, essa genial poetisa americana, que mais tarde, escreveria o hino oficial de seu país, mas foi a professora protestante, Anna Jarvis, da Filadélfia, que em 1907, devido a perda irreparável de sua mãe, teve a sublime idéia de ao lado de um grupo de amigas, prestarem uma homenagem a sua mãe falecida.
Em vista ser uma idéia salutar, ela se propagou de uma maneira rápida, estendendo-se a todos Estados Unidos, levando o governador daquele estado americano, William Glassocok incorporar ao calendário das datas oficiais de seu estado, ficando o 2º domingo de maio dedicado as mães, e posteriormente, e 1910, o presidente americano, Wilson, oficializou a data em todo o país. Volto a citar que alguns pesquisadores diferem de data, porém a que mais deu segurança é esta. Inicialmente, a comemoração era somente as mães falecidas, mas no suceder dos anos foi estendida a todas as mães numa maneira bonita e merecida.
No Brasil, essas comemorações chegaram em 1932, por decreto do então presidente da república, Getúlio Dornelles Vargas. Atualmente, todos os países do mundo homenageiam as mães, variando, contudo, de data, o Brasil e mais de 09 países celebram o segundo domingo de maio. Apenas para exemplificar, enquanto Portugal e Espanha, comemoram o dia das mães no 1º domingo de maio, a Rússia no dia 08 de março, a Noruega no 2º domingo de fevereiro e por aí segue essas comemorações, porém não importa a data, mas a homenagem que se prestada àquela que dedica a vida inteira a família. E Deus quando quis dar Jesus ao mondo, preferiu uma mulher, valorizando-a ainda mais, mostrando-nos o valor maternal para humanidade, e o Eclesiástico preceitua: “é amado por Deus, quem venera sua mãe na terra”. As mães são divinas no meio dos homens. Do alto da cruz, Jesus, entregou João a sua mãe, e depois, Maria e João, vemos nesse paradoxo universal o amor de Jesus pela humanidade a ponto de entregar a sua própria mãe na pessoa humilde de seu apóstolo, e a história registra: daquele dia em diante, João a levou para sua casa...
O amor das mães é simbolizado numa rosa, dado é sua leveza, sua simplicidade, porém sua grandeza está escondida como o perfume na flor. As mães têm muito de Nossa Senhora, tanto é que seu dia é comemorado no mês de maio, o mês de Maria. Lilinha Fernandes, “a rainha da trova brasileira” escreveu: “sua cruz que eu sei, é pesada/ minha mãe leva sozinha/ mesmo assim, velha e casada,/ me ajuda a levar a minha”.
Neste mês de maio de 2010, a instituição do dia das mães faz 100 anos, (1910-2010) e 78 anos a nível de Brasil (1932-2010), não se pode sobrepujar o nome santo e belo de mamãe. Mãe é a palavra mais linda, que um dia o poeta escreveu... assim canta a inimitável Ângela Maria, em sua canção de ninar. Victor Hugo, poeta francês, escreveu: “o homem está colocado onde termina a terra e a mulher onde começa o céu”. Esta é a mulher singela e simples, que o mundo homenageia, com o nome sublime de MAMÃE.
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