APOL, um ano
Antonio Machado
O trabalho foi instituído por Deus, desde a expulsão de Eva e Adão do paraíso, conforme narra a Bíblia, no livro do Gênesis 3, 17, quando o próprio Deus declara ao homem: “tirarás dela (terra) com trabalho penoso o teu sustento”. Está, pois provado que é da terra mãe, que o ser humano tem que tirar seu sustento, trabalhando para viver. Coube, pois, a ele mais tarde, criar as regras, fazer a divisão social do trabalho e sistematizá-lo, adequando-o ao modo de cada um, sabe-se, entretanto, que todo trabalho quando bem feito é digno. As leis foram surgindo ao longo dos anos e o conhecimento dos homens, os juristas foram aperfeiçoando-as para melhor comodidade das pessoas ao longo da história, instituiu-se o Ministério do Trabalho atávico a Previdência Social que normatizou as aposentadorias, propiciando ao homem e a mulher, que, após uma jornada de trabalho de vários anos seguidos, merecidamente, conquista sua aposentadoria, posteriormente, esse direito foi estendido também aos deficientes, hoje, os especiais, e em boa hora, a partir de 1970, o ex-presidente Médicis instituiu a aposentadoria também ao homem do campo, fazendo justiça a uma classe tão desassistida, e que não contribuía com a Previdência. Nesses campos muito se tem feito, porém muito mais se precisa fazer como a revisão das aposentadorias e pensionistas, extinguir seu fator redutor olhando com bons olhos os aposentados, não os deixando a margem da sociedade, não praticando uma política discriminatória, como faz recentemente o governador de Alagoas no caso do PSCS, beneficiando somente os professores da ativa, considerando os aposentados e pensionistas, bagaço de cana chupado e jogado fora, como se eles fossem bagaço de cana que ele manda para os animais na seca.
O ser humano na sua juventude, quando na ativa participa de tudo que a vida lhe oferece, porém os anos vão cansando o organismo, e começam a surgir os sinais de cansaço, é chegado o tempo de se requerer merecidamente a aposentadoria, passando na maioria das vezes a levar uma vida mais metódica, mais caseira e até com menos amigos, saindo do meio e do convívio social, contraindo às vezes, até uma depressão motivada pela acomodação, ou falta de inserção no mercado de trabalho, haja vista em nosso país, os aposentados serem descartados para tudo, quando muitas vezes, ordenado não faz face às despesas com alimentação e medicamentos que são obrigados a viver com essa situação tão drástica, e outra oportunidade de trabalho, é zero e pronto. Aí a tristeza alia-se a depressão, abrindo o começo do fim de uma vida outrora viva e ativa, agora, bruxuleia com uma luz do candeeiro, que vai se apagando, porque o gás está terminado. Foi, prezado leitor, pensando nestes duros e agudos aspectos que, o professor Antonio Machado reuniu um grupo de dez aposentados, e criaram a Associação dos Aposentados Olhodaguenses APOL, hoje com um ano de funcionamento, a APOL conta com trinta sócios e vai muito bem obrigado.
Essa associação que comemorou festivamente seu primeiro aniversário de fundação, está registrando seu estatuto, e tende a crescer. Qual seu objetivo? Perguntará o leitor. Respondo: tirar o associado detrás de a porta tirá-lo de casa inseri-lo novamente na sociedade, promovendo festas, passeio, jantares fora de casa com a família, reuniões mensais participativas onde todos tenham voz e vez, sorteios com brindes, tudo isto e muito mais faz parte do calendário da atividade da APOL, que com uma atividade ativa e atuante, vem sacudindo essa associação no campo da sociedade com elemento importante, que volta a conquistar seus espaços dentro do convivo da família, dando-lhes nova vida, eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância, disse Jesus Cristo.
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