A OPERAÇÃO “PIOLHO DE COBRA”

Antonio Machado

Antonio Machado
Registra-se que a Grécia Antiga é berço da democracia, e ela quando bem exercida pelos homens, torna-se bela e exuberante, mas vista sim, em benefício do povo, mas coube a Jean Jacque Rousseau, estadista francês, a instituição dos três poderes, que no início eram quatro, saber Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador, porém a dinâmica da política extinguiu o moderador e conservou com sabedoria os outros três, Executivo, Legislativo e Judiciário, cujos poderes quando agem harmonicamente em cada município, estado ou país, gera segurança, paz, prosperidade para o povo, porém os deslizes de qualquer um desses poderes provocam a derrocada de um povo, quando as maledicências e seus meliantes desrespeitam as leis, gerando crimes hediondos, peculato, improbidades e outros desvios de dinheiro do erário público, prejudicando sensivelmente a população.
Está na moda no Brasil essas tramóias, mormente aqui na terra dos marechais, que devem estar envergonhados de determinados gestores alagoanos, que diariamente, metem a mão no dinheiro público para se locupletarem, tornando milionários, donos de grandes fortunas. A comediante Dercy Gonçalves, (1907-2008), escreveu: “achar bons políticos é que é difícil, é como catar feijão em noite sem lua”. E a cada dia esse número aumenta, isto é de maus políticos. A imprensa cognomina essas operações com nomes sugestivos e jocosos, como: ressure, taturana,gabiru, primavera, tabanga, carrega além de outros nomes engraçados, mas que bem se coadunam com cada operação, agora vamos homenagear o sertão, na próxima operação homenageamos o “piolho de cobra” que é temível por todos. Logo em breve novas operações surgirão com certeza.
E o que me espanta e tudo isto, é que essa cambada uma vez provado tudo, sequer mudam de setores de trabalho, tem deles em alto escalão do governo, tranqüilos, comandando a massa, como se nada tivesse acontecido. A demora no julgamento de determinados casos e processos e as liminares parecem andarem de mãos dadas, e até que se resolva cada caso, se prolate uma sentença, o gestor, às vezes, já não está mais no cargo, outros, das prisões, administram seus municípios, melhores do que lá estando, ou mesmo “foragidos”, ah! Sim é até melhor se dar ordem à distância, haja vista não ter quem aborreça ou incomode. Alagoas está permeada desses gestores que envergonham o povo, a nós que os elegemos como nossos representantes, e enquanto isto desviam as verbas destinadas para a educação, pagam miseravelmente aos professores, a saúde é deficitária órgão de assistências ao povo mas os carrões desfilam nas rodovias, e as mansões despontam em meio aos casebres dos pobres, tudo isto com o dinheiro público, o dinheiro do povo. Ruy Barbosa já dizia que: “justiça tardia, torna-se injustiça”.

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