A EXTINÇÃO DO SAPO

Antonio Machado

A história e as lendas que envolvem os animais, como sapos, pássaros, aves e até o próprio homem, tem permeado toda literatura em todos os tempos e em todos os países, pois o canto de alguns desses seres exóticos, criaram dentro da nomenclatura o estilo “onotopaico”, a onomatopeia, diz seu próprio nome no canto a exemplo da mimosa Fogo-Pagô, o sinistro bacurau, o estridente tetéu-lavandeira ou quero-quero e o querido bem-te-vi o agorento rasga-mortalha e tantos outros que infestam este mundo exótico. E o sapo antigamente pertencia a família dos batráquios, porém hoje está ligado a classe dos anfíbios, contudo tem estudiosos no assunto que afirma esse animal pertence tanto aos anfíbios quanto aos batraquianos. Pois o sapo quando canta diz seu nome, constituindo-se figura onotopaica no canto do cururu além do sapo-boi que berra como bezerro lacre. Sendo o sapo do sertão inofensivo, prestando sobretudo um grande serviço na agricultura comendo insetos e animais de pequeno porte, possuindo uma gama grande de variedades de sapos, seu canto não possui beleza, às vezes inspira a poesia passando para o domínio público no assunto em tela, encontramos essa quadra: “sapo cururu/ na beira do rio/, quando o sapo canta, ó maninha/ diz que está com frio/”. Nas grande secas e estiagem prolongadas, sapo, encontrasse nos buracos da terra e nas fendas das pedras, aguardando a chegada da chuva, sobretudo, porém, que o homem da lavoura não preserva esse anfíbio ou batráquio os predadores das plantações. O homem sem consciência da vida dos sapos sempre os mata e judiam até esses pobres seres, pagam um preço alto por ser muito feio e desajeitado. Nota-se, gradativamente, sua extinção notadamente, na área sertaneja, onde a falta de não se matar o sapo não existe, sendo fácil de ser pego, haja vista ele não andar, mas pular com saltos curtos. Na bruxaria desempenha papel importante para àqueles que fazem desse oficio macabro, o mal para o próximo. As chuvas que caem no sertão são parcas e poucas tornando a inviabilidade da vivência do sapo. Tem se observado a sua extinção, sendo um batráquio parceiro anônimo da agricultura. Bonito e se ver os cururus, os sapos no seu canto na época do acasalamento na perpetuação de espécie. Muitos escritores tem escrito sobre a beleza e a feiura do sapo, todavia, esquecem da sua utilidade na lavoura, quase ninguém escreve sobre sua importância.

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