É, parece uma coisa difícil de acreditar mas nossa querida cidade já teve duas escolas de samba; "Unidos do Monumento & Juventude no Ritmo" (colaboração de Fábio Campos). Mas ainda se me recordo que ainda na minha transição de criança pra adolescente, morando onde cresci, na mesma casa onde moro hoje, nos dias de carnaval, fosse pela manhã ou fosse a tardinha quase a noitecendo, passava uma escola de samba aqui pela Tertuliano que empolgava bastante os moradores dessa região, a escola conhecida popularmente como "Escola do Zé Negão" passava puxando o samba, os componentes dançando, algumas pessoas na porta de casa também dançando empolgados com o batuque.
Infelizmente não alcancei a outra escola, infelizmente não foi do meu tempo, mas o poucoquíssimo conhecimento que tenho sobre o assunto, nossa cidade teve uma rica cultura ao que se diz respeito as festas carnavalescas, nessas épocas boas tinha um pedacinho de cada canto do Brasil, tinha o frevo com as orquestras nas ruas, trios ou palcos, tinha escolas de samba desfilando nas ruas já que nunca houve concurso por aqui, e nos palcos músicas de batidas mais variadas, como axé, pagode e raggae baiano, que faziam todas as tardes e noites reunir-se milhares de pessoas ali na praça central.
E hoje dá pra dizer que é normal isso ter acabado? Não jamais, porque ainda que viesse a ser uma conta, ou como dizemos, um gasto a mais, não seria necessário tanto dinheiro como o que eles roubampara que pelo menos pudessem manter essa cultura de pé, nem essa crise mundial justificaria acabar o fim de uma coisa que com tão pouco perto do que recebe poderia manter, eu nunca tive o dom de político, mas se tivesse o dom, meu plano de governo seria em cima de três prioridades; Primeira delas, tudo funcionando, saúde, educação, saneamento, etc. que é o mínimo que quem paga tanto imposto merece. Segunda prioridade; salários em dia, pois o ser humano é mais que merecedor do que passa o mês lutando pra conseguir. E terceira prioridade, jamais deixaria a cultura morrer, nem que eu negociasse uma coisa do meu bolso, com um custo um pouco menor, mas jamais deixaria que uma coisa tão bonita de se ver fosse esnobada como uma coisa qualquer.
Já não basta tanta notícia ruim, que todos os dias passam nos jornais de tv, ou lemos na internet, tirar o entretenimento do povo é criar uma sociedade mais triste, mais volúvel aos sentimentos despertados por tanto sofrimento pelas tantas corrupções praticadas nesse país, graças a Deus que há um projeto para transformar em lei e ser obrigatório pelos governos estaduais e municipais o incentivo a cultura.
Foi uma pena que não tive mais tempo para aproveitar essas coisas, quando me entendi por gente grande essas coisas já estavam no fimzinho, mas o pouquinho que peguei, quando pego-me a recordar me faz acreditar que teremos algum dia uma alma que se sensibilize e valorize nossa cultura, que todos nós veremos nossa cidade ser ainda que seja por apenas um dia, uma cidade como aquela do passado, cheia de alegria, de cultura, de pessoas na rua comemorando, pulando e dançando naturalmente como foi à alguns anos atrás.
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