Fui criada sem saber o nome das coisas que a gente tinha que fazer desde criança, como também as coisas que a gente sentia. Minha mãe sempre dizia que tinha que pensar no outro, lembrar dos irmãos (somos quatro filhos) então na convivência em casa tínhamos que aprender a dividir, a esperar o outro, a pensar no outro, a não comer tudo de uma vez porque faltava alguém, isso se chamava sobrevivência. Vejo na constituição de famílias grandes a necessidade dessa prática, mas nem sempre era assim em todas as grandes famílias.
Hoje, para famílias de um filho apenas, o caminho fica mais longo para aprender a ver a situação do outro sem partir da experiência de irmãos, isso poderá ser ensinado a partir de conceitos mais abstratos até o convivio com outras pessoas. Não que seja regra geral, mas são questões que entram como elementos a acrescenar na análise do conceito de alteridade. Eu tenho apenas uma filha e vivencio essa segunda experiência.
Então, não conhecia palavras como empatia (apenas na pandemia) até o momento tinha ouvido falar de simpatia e antipatia. E alteridade como exercício da empatia também desconhecia, apenas tinha lido, mas depois que vi essa discussão de 2020 para cá, vi que já éramos empáticos e vivíamos a alterdidade com nossos irmãos, com nossos colegas de escola, amigos, amores, e pessoas desconhecidas também, quando não precisávamos dos rótulos da moda como empatia e alteridade, mas sabíamos o que tinha que ser feito.
Em que situações eu tenho dificuldade de por em prática a Alteridade?
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Colunistas: O QUE É ALTERIDADE
LiteraturaPor Luciene Amaral da Silva 30/06/2021 - 23h 45min Arquivo da autora
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