Santa Casa de Maceió adotará nome social para atender comunidade LGBT

Saúde

Por Thedomiro Jr. Jornalista MTE/AL 575

Encontro reuniu membros e ativistas da comunidade LGBT, Secretaria de Estado da Saúde e o Conselho de Ética Hospitalar da Santa Casa de Maceió

Representantes da Secretaria de Estado da Saúde e da comunidade LGBT+ foram recebidos esta semana pelo Comitê de Ética Hospitalar da Santa Casa de Maceió. Em pauta a adoção do nome social de travestis e transgêneros e o acolhimento no hospital.

No encontro, o grupo fez questão de parabenizar a instituição pelo diálogo e pelo interesse em atender às demandas apresentadas.
“A direção da Santa Casa de Maceió mostrou-se empenhada em atender nossas solicitações, em conversar conosco e em como acolher os pacientes LGBT”, comentou o presidente do Grupo Gay de Maceió, Messias Mendonça, presente na reunião.

O assessor técnico Robert Lincoln, da Gerência de Atenção Primária da Secretaria de Estado da Saúde, antecipou que a instituição pode se tornar referência na assistência à saúde da comunidade LGBT+ e até mesmo inspirar outros hospitais alagoanos e no Brasil.
Participaram da reunião, o diretor médico do hospital Artur Gomes Neto, o cardiologista Sidney Pinto (membro do Conselho Regional de Medicina de Alagoas), a advogada Carolina Suruagy (assessoria jurídica), o superintendente Carlos André (Engenharia e Infraestrutura), e as gerentes Alayde Rivera (Ensino e Pesquisa) e Tereza Tenório (Risco e Assistência Hospitalar).

Nome social

No encontro, a instituição definiu que irá adaptar o sistema informatizado do hospital para cadastrar o nome social de pacientes que expressarem essa intenção.
Também presente na reunião, a ativista Rosemary de Oliveira relata que a maioria das instituições ainda ignoram o nome social, seja no cadastro, seja no atendimento diário pelas equipes.
Assim que for implementado pela equipe da Tecnologia da Informação, os pacientes que assim desejarem poderão informar o nome social junto com o nome civil.

Na área de Assistência Hospitalar, a instituição se comprometeu a orientar suas equipes, por meio da Política de Identificação de Pacientes e treinamentos, para que os profissionais passem a atender os pacientes também pelo nome social.

“É um processo de educação continuada que estamos implementando”, considerou a gerente Tereza Tenório, que contará também com o apoio da Divisão de Ensino e Pesquisa.

A própria gerente Alayde Rivera, responsável pela área de Ensino e Pesquisa, informou que buscará disseminar a importância do nome social em ações de educação continuada junto aos profissionais de todas as áreas do hospital.

Neste sentido, o tema também será incluído nos encontros mensais de integração, que dão as boas-vindas aos novos colaboradores, médicos residentes, estagiários e estudantes.

Diálogo aberto

A reunião desta semana foi a primeira de uma série de encontros que ocorrerão ao longo do ano para debater essas e outras demandas.

Conforme frisou o engenheiro Carlos André, são questões que exigem estudos, discussões e planejamento, cujo principal objetivo é prover o acolhimento da comunidade LGBT+.

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