OAB/AL encaminha denúncia contra PMs ao Conselho de Segurança e MP

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Luiza Barreiros ASCOM- OAB/AL

A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) encaminhou nesta terça-feira (27/04) ao Conselho Estadual de Segurança e ao Ministério Público Estadual cópia das denúncias de suposta violência policial, feitas à entidade por moradores da Favela Portelinha, no bairro Eustáquio Gomes.

Segundo relato feito pelos moradores à Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, quatro policiais militares lotados no 5º Batalhão teriam ido à favela no último domingo e espancado cerca de 10 pessoas, entre elas crianças, adolescentes e idosos.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, Gilberto Irineu, também encaminhou cópias do Termo de Declarações e do Boletim de Ocorrência lavrado no 10º Distrito da Capital ao Comando Geral da Polícia Militar e à Corregedoria Geral da PM para que sejam instaurados procedimentos investigatórios. ?Eles estiveram na OAB na segunda-feira e nós orientamos para que fizessem o Boletim de Ocorrência e também que solicitassem a requisição para exame de corpo de delito, que serão importantes elementos na apuração do caso?, explicou Gilberto Irineu.

Os moradores disseram que essa não foi a primeira vez que policiais militares vão ao local e os espancam. Segundo a mãe de um adolescente de 16 anos vítima das agressões, seu filho ficou inconsciente após o espancamento. Ao questionar a razão para o ocorrido, ela disse ter sido agredida verbalmente e ter ouvido apenas que o filho ?estava acompanhado de bandido?. Os policias ainda ameaçaram atirar e a agrediram no braço utilizando o cacetete. A denunciante ainda afirmou que a casa do filho foi revistada e que os policiais levaram R$ 600,00, segundo ela, recebidos da reciclagem de lixo. De outra vítima, os policias levaram R$ 200,00 e um telefone celular.

Uma outra vítima, uma mulher, narrou que os policias procuravam uma pessoa identificada como José Carlos ou Coroa, que seria um traficante. ?Eles invadiram a minha casa. Cada vez que eu dizia que não sabia responder, me davam tapas. Quebraram uma mesa e usaram o pedaço de madeira para bater na minha cabeça?, contou. Os moradores disseram que os policiais estavam numa viatura Parati e que só foram embora quando alguém disse que estava filmando toda a ação.

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