Adeus Estreitinho do Poço do Juá

Poesias

João Francisco das Chagas Neto

Carneiros no Poço do Juá/Estreitinho - Cheia de 2004 (Arquivo Maltanet)

Eram carneiros valentes,
Dando cabeçadas gigantes
Que atingiam o ventre de gente
Naquela travessia.

Hoje vejo agonia.
Não tem mais enchentes.
Nem carneiros no estreitinho.

Vejo sim. O princípio do fim.
De um rio afogado,
Que foi açoitado
Por muita gente
Ao longo do seu caminho.

Maceió, 1 de outubro de 2018.

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