Fico feliz que o professor Ernande Brandão seja nome de escola em sua terra Santana do Ipanema/AL. Ernande contribuiu com a educação de sua cidade, nossa cidade. Fui sua aluna no Ginásio Santana e no Colégio Estadual de Santana. O professor contava que queria ir para a Força Aérea brasileira ser astronauta, mas, por ser filho único, não poderia deixar sua mãe e partir para cumprir seu sonho. Estudou economia em Maceió e voltou para sua cidade e exerceu a profissão de professor. Ensinava geografia e matemática. Foi responsável por minhas leituras em Graciliano Ramos, Breno Accioly, Jorge Amado e outros escritores. Tinha uma biblioteca partcular em sua casa, lá na rua Nova e havia bons livros. Sempre me oferecia livros. Quando precisasse poderia pegar com Mary, sua esposa. Assim, tive oportunidade de ler bons livros, além dos que havia na biblioteca de Santana. Sempre frequentei a Biblioteca de Santana, antes mesmo de saber ler. Fingia que estava lendo. Nilza Marques só pedia que assinasse a folha de presença. O primeiro livro que li foi Dom Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes (1547-1616). Acredito que o santanense valoriza a leitura porque desde cedo, já conhecia a biblioteca da cidade. Assim, se adquiria o gosto de ler e estudar, claro.
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