O SÉQUITO DO HOMEM SECULARIZADO

José Vaneir Soares Vieira

"Porque toda a carne é como a erva,e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor" (1 Pedro 1.24).

O séquito do homem secularizado é: solidão, vazio, temor, culpa, falta de paz, de amor, de felicidade e de sentido na vida.

O secularismo não é um problema recente nem exclusivamente de um povo, mas de todos os homens. Na época de Paulo já circulava o ditado: “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos” (1Co 15.32). Em outras palavras, se Cristo não ressuscitou e não há nenhum alicerce confiável, deixemos de lado o espiritualismo e ingressemos no secularismo (não dediquemos tempo para Deus) e no materialismo (não dediquemos espaço para Deus).

Porém, não há como negar que no mundo pós-guerra e, principalmente, na Europa, o secularismo tomou asas e voou mais alto. A cultura moderna substituiu Deus como base do comportamento, das decisões e dos valores morais. Deus e seu povo passam a ser irrelevantes para a vida moderna”.

O secularista clássico quer comer, beber e alegrar-se. Para ele “a vida há de ser gozada aqui e agora, pois isso é tudo que há, tudo o que existe. Talvez ele vá um pouco além e dispense Deus e a religião, procurando zelosamente provar a irrelevância de Deus na vida humana e moral”.

“As pessoas secularizadas podem parecer ‘religiosas’ em muitas coisas que fazem, mas elas têm seus próprios deuses, como o dinheiro, o sexo, o materialismo, o sucesso, o poder, o ser aceito socialmente ou sua própria filosofia. Considerando que tais deuses são de fabricação humana e não passam de símbolos externos, sua fidelidade ou dependência a eles pode mudar, ao passo que, o tempo todo, permanece a sua fidelidade fundamental a si próprio. Mudando seus símbolos ou revisando seus objetivos, ele tenta evitar a confrontação com a impotência de seus deuses e com sua própria falência pessoal sem Deus”.

Secularismo é “um sistema que rejeita todas as formas de fé ou culto religioso e só aceita os fatos e influências derivados da vida presente”. Secularização, por outro lado, “é essencialmente um processo que ocorreu e se acha hoje largamente difundido no mundo ocidental”.

“As necessidades que o homem secularizado sente (solidão, vazio, temor, culpa, falta de sentido na vida e busca de paz, amor e felicidade) só serão satisfeitas quando ele tiver seu encontro com Jesus Cristo e comprometer-se pessoalmente com ele”.

Extraído do livro: “O Evangelho e o Homem Secularizado”. ABU Editora

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