VOCE SE CONSIDERA UMA PESSOA MEDROSA?

Pe. José Neto de França

Assistindo, um dia desses, o filme “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, um dos personagens citou uma frase que me fez dar uma pausa naquele exato momento para refletir um pouco sobre ela: “O medo obriga as pessoas a coisas terríveis!”

Mais que uma frase de efeito, uma verdade que se não for levada a sério pode provocar uma reviravolta na vida de qualquer pessoa, visto que ela trata de um sentimento que, sem controle ou superação, pode nortear o existir do homem levando-o ao caos, tanto do ponto de vista temporal, como também eterno.

O medo limita, bloqueia, desestimula, “embota” a inteligência, “cega”, torna o homem “surdo”, faze-o perder o senso crítico, a capacidade de perseverança no que quer que seja...

Logicamente não falo aqui dos medos naturais (do quente, do frio, de um animal peçonhento, das más companhias, dos riscos desnecessários...). Estes são até necessários para que o homem possa preservar sua própria vida, e a dos outros.

O medo começa a tomar vulto e influenciar negativamente a vida humana a partir do momento que ele extrapola o natural (pânico, fobia = medo mórbido). Ultrapassando o natural, deve-se logo tomar providências para que este seja controlado. E quanto mais cedo, melhor.

O existir humano, naturalmente está exposto a riscos. Se desde cedo o homem exercitar sua capacidade de discernimento (bem, mal, natural, sobrenatural...) ele saberá, dentro do grau alcançado por ele próprio, segundo sua vontade, liberdade, a lidar com suas coragens, seus medos...

E então? Você se considera uma pessoa medrosa?

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