Muito interessante a “movimentação” de postura das autoridades constituídas nos cantos e recantos de nosso Brasil varonil.
Tais “movimentações”, vê-se claramente, não parece ser a preocupação principal – no máximo, secundária.
Se observarmos com atenção o comportamento das autoridades desde quando a pandemia ainda não tinha chegado ao nosso país, vamos perceber por quais portas ela entrou e se proliferou com a facilidade permitida por eles: O carnaval e o período pré-eleitoral.
Com os olhos das autoridades mais nos “cifrões” do que na saúde pública, viu-se em 2020 um carnaval “top” aos olhos dos foliões de todas as idades, como que a pedir em suas entrelinhas que o fosse bem-vindo e pudesse se propagar à vontade, escolher levar a óbito a vida de quem quisesse ou mesmo atingir quem quer que fosse, apenas com uma “gripezinha”.
O pós-carnaval, fez com os casos de COVID-19 se multiplicassem de forma ascendente e vertiginosamente no território brasileiro.
Com o aumento dos casos, tais autoridades impuseram as restrições necessárias – distanciamento social, mãos limpas, uso de máscaras, álcool em gel; em alguns lugares o “lockdown”...
Iniciou-se um embate político claro em torno das possíveis vacinas contra o “coronavírus”. Embate esse que quem perde são as vítimas diretas ou em potencial, expostas ao vírus. No mesmo panorama, multiplicou-se as denúncias de desvios de verbas destinadas ao combate da epidemia.
E eis que o ano eleitoral em curso, evento que habilita políticos profissionais a controlar administrativa e economicamente “fatias” do território brasileiro, não poderia “perder” a oportunidade de conquistar a sua.
Visando essa oportunidade, como que com uma intenção “orquestrada”, as restrições foram sendo afrouxadas.
Falou-se até em adiar as eleições, mas o máximo que fizeram foi prorrogá-la por 30 dias. O que, na prática, não significou nada. Isso porque o que se viu durante a campanha foi carreatas e mais carreatas com aglomerações antes de depois de cada uma delas; caminhadas, a maioria das pessoas sem cumprir os protocolos sanitários (máscaras, distanciamento, álcool 70...); abraços, cumprimentos...
Passado esse período, com os vencedores já tendo garantido sua “vitória”, o que se viu foi um aumento significativo de casos e mortes – a segunda onda – chegando com toda força. Mais uma vez, os governantes, sem o mínimo de pudor, pelo fato de ter ajudado na propagação do vírus, voltar a falar da necessidade de apertar no que diz respeito às restrições.
E quem perde com tudo isso? A população, claro!
Infelizmente, o que faz parecer é que para nossos governantes, os interesses econômicos e políticos estão acima de qualquer vírus ou pandemia...
Enigmas da vida...
EGO, ME IPSO!!!
[Pe. José Neto de França]
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