Como de costume, o estardalhaço midiático feito em cima de um produto a ser lançado no mercado mundial, alcançou seu objetivo. O tal do aplicativo “Pokémon GO” tornou-se uma “febre” em todos os países que o “acolheu”, e não foi diferente no Brasil.
Assim como nos outros países, Rádio, Televisão, imprensa escrita, rede mundial através de sites e redes sociais... noticiaram, emitiram opiniões...
Confesso, até eu fiquei curioso! Depois de tanto ouvir e ler a respeito, senti a necessidade também de emitir meu juízo; tanto porquê, sendo sacerdote, sou formador de opinião.
O primeiro passo foi instalar esse “aplicativo” no meu celular. Era necessário testá-lo e pesquisar um pouco mais antes de falar algo a respeito.
Afinal, o que é o “Pokémon GO”?
Em uma definição simplificada, segundo pesquisado na rede mundial (https://pt.wikipedia.org/wiki/Pok%C3%A9mon_GO) no dia 16 de agosto de 2016, “o ‘Pokémon GO’ é um jogo eletrônico free-to-play de realidade aumentada voltado para smartphones. Foi desenvolvido por uma colaboração entre a Niantic, Inc., a Nintendo e a The Pokémon Company para as plataformas iOS e Android. O jogo foi lançado em julho de 2016 em alguns países do mundo. Fazendo uso do GPS e câmera de dispositivos compatíveis, o jogo permite aos jogadores capturar, batalhar, e treinar criaturas virtuais, chamadas Pokémon, que aparecem nas telas de dispositivos como se fossem no mundo real.” Segundo essa mesma fonte, “um dispositivo opcional, o Pokémon Go Plus, um acessório que irá alertar os usuários quando Pokémons estiverem nas proximidades, está previsto para lançamento em breve”.
Uma das primeiras dificuldades encontradas foi a língua utilizada no jogo. Não há tradução para o português. Tive que utilizar a o tradutor da própria internet e o meu parco conhecimento da língua inglesa para entendê-lo, pelo menos um pouco.
Certamente que sem tenho tempo disponível para jogar, segundo um dos objetivos do jogo que é “se deslocar” para a caça aos “Pokémon(s)”, meu tempo disponível se resumiu às horas das refeições e à noite, quando encerrava minhas atividades do dia a dia.
Foi justamente por causa desse tempo reduzido que descobrir que não haveria tanta necessidade de sair em busca de tais “Pokémons”.
Ao iniciar um jogo, quando um “Pokémon” aparecia na tela do celular, numa determinada quadra (segundo imagem do GPS) próximo ao local que eu estava, bastava eu clicar em cima dele para que ele imediatamente aparecesse no ambiente que eu estava. Nesse processo, até o término da produção desse texto, já capturei setenta e quatro “Pokémons” sem sair uma única vez em busca deles.
Não “vi” muita graça, nem muito sentido no jogo. Até na hora de capturá-los, os movimentos exigidos da parte do jogador não são motivadores. Isso sem contar com a espera que um deles dê sinal de vida para iniciar sua captura...
A possibilidade de compras de itens como “incenso, ovos, poké ball...” pode se tornar uma dor de cabeça para pais de adolescentes que tenham acesso a cartões de crédito e se tornem viciados no jogo, ou mesmo para adultos que ainda não tenha amadurecido o suficiente e se deixem também cair no vício.
Não demorou muito para que a mídia noticiasse casos de roubos de celulares, acidentes... frutos de jogadores que centrados na caça aos “Pokémons” descuidaram-se da segurança que o bom-senso exige...
Numa manhã, assistindo o noticiário transmitido por um canal de TV por assinatura, vi e ouvi um taxista de uma cidade do sul do país falar sobre um grupo de taxistas que estava se colocando à disposição dos caçadores de “Pokémons”. Dá, portanto, para perceber o absurdo a que chega um vício.
Desde seu lançamento que começaram a aparecer textos e vídeos, muitos deles repassados nas redes sociais exaltando ou condenando o jogo.
É interessante notar que nem tudo que é divulgado ou partilhado nas redes sociais merece crédito.
Qualquer que seja o texto, num primeiro momento temos que duvidar. Só depois que pesquisarmos e tivermos algumas certezas é que devemos emitir algum juízo. Caso contrário, nos tornaremos mais uma pessoa sem juízo.
Um dos grandes questionamentos nos textos e vídeos é o que está ou estaria por traz desse jogo! Afinal, se o jogo utiliza o GPS (localização), a câmara (foto/vídeo) e o microfone, quem nos garante que alguém não esteja gravando, em algum lugar o que está sendo transmitido?
Lembre-se de que você ao iniciar o jogo, está dando possibilidade de transmitir, em tempo real, de tudo que estiver ao alcance da câmara/microfone do celular (fora ou dentro de sua casa/trabalho/escola...)
Conspiração, espionagem por parte dos americanos... muitos dos vídeos e textos a esse respeito chegam até afirmar categoricamente tais objetivos, apresentando, inclusive argumentos aparentemente contundentes, mas que se analisados mais a fundo, pode-se perceber que tais argumentos são consequentes da ansiedade de seus autores em querer “forçar” o leitor a aceitar como sendo uma verdade.
Uma coisa é certa. Ninguém pode afirmar categoricamente que o conteúdo de tais textos/vídeos sejam verdadeiros ou falsos.
A única certeza que se tem é a de que uma vez que a pessoa esteja jogando “Pokémon go”, está expondo, em tempo real, tudo que esteja ao alcance da câmera/microfone de seu celular a quem quer que possa está em algum lugar do mundo; e que esse alguém pode, embora não deva, do ponto de vista moral, registrar seu ambiente familiar, social... e utilizá-los a seu bel prazer...
Há, porém, em parte, uma saída. O jogador pode não permitir o acesso a câmera entrando na configuração do próprio telefone e bloqueando essa possibilidade. Nesse caso, os "Pokémons" serão capturados em um ambiente criado pelo próprio jogo... Mesmo assim, resta ainda a localização através do GPS, sem a qual o jogo não funciona, e a dúvida: "será que foi realmente bloqueado?" Não se pode subestimar o que possa está por trás disso tudo!
Pense nisso!
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