Um fato que poucos sabem é que além de padre, também, sou escritor, compositor e poeta.
Apesar de às vezes me arriscar a cantar, não tenho o dom para isso.
Outro dia, conversando sobre música com uma grande amiga, pelo Whatzapp, disse-lhe que eu tinha o dom de compor. Mostrei-lhe uma música de minha autoria, “De Jesus, jamais me afastarei”, interpretada por um amigo, que fiz a partir da melodia da música “You raise me up”. Dei-lhe o link de onde ela estava no meu canal do Youtube e ela, ouvindo, ficou encantada.
Entre uma conversa e outra, disse-lhe que quando eu ouvia uma música e sua melodia me fascinava, vinha a inspiração para compor uma letra a ser cantada em cima dessa mesma melodia.
Foi quando lhe disse que tinha composto uma, “In aeternum me tornei”, sobre a melodia de “Chiquitita”, do Grupo ABBA.
Ela ficou tão interessada em saber a letra que eu resolvi, no momento da conversa, gravá-la “a cappella” (cantar sem acompanhamento) e enviar para que ela a escutasse.
Ao enviar a gravação a essa minha amiga, recomendei que não levasse em consideração os erros, visto que fora gravada sem ter feito antes um exercício vocal, sentado, sem ensaio... Disse-lhe, inclusive, que se fosse interpretada pelo mesmo amigo que interpretou a outra, “De Jesus, jamais me afastarei”, certamente que ficaria muito bela.
Foi quando ela falou algo que impactou profundamente meu consciente e que certamente ficará gravado no meu inconsciente. Disse ela?
“Não teria a emoção que eu senti. Porque é sua história. COM ELE SERIA UMA LINDA CANÇÃO. NA SUA VOZ É UMA HISTÓRIA!”
Bem mais tarde, refletia comigo mesmo: de fato, quando compomos a letra de uma música, quem quer que cante, se tiver o dom de vocalista, dará a letra/música uma vida espetacular... Mas, somente o autor da obra fará com que ela seja, de fato, parte de sua história!
Parodiando um pensamento que li, não sei quando, nem onde, talvez devido a idade que já começa a dar sinais de cansaço mental, posso afirmar que “entre o compor e o interpretar há mais enigmas do que se possa imaginar...”
Enigmas da vida...
EGO, ME IPSO!!!
[Pe. José Neto de França]
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