Na manhã de 05 de setembro de 2018, lendo um texto publicado no Portal MSN(*), chamou minha atenção uma resposta que Bolsonaro deu quando questionado sobre o incêndio que devorou o Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Disse ele:
“Se não tem dinheiro, paciência. Dinheiro para Queermuseum, aquele negócio de homem nu para criança tocar não falta. Para escrever a vida do José Dirceu também não falta da Lei Rouanet”
Na sequência, diz o texto:
“Ele (Bolsonaro) ainda afirmou que deverá pegar o Orçamento pronto caso seja eleito presidente e que não deve contingenciar recursos para a Cultura, mas que priorizará a ‘cultura raiz...’ ”
Vamos lá...
Ao pensar nessas falas, me veio à memória um texto que produzir em setembro de 2017, e publicado em meu blog, intitulado: “Brasil, infelizmente, também, país do Ridículo” (**).
Logicamente que o que aconteceu ao Museu não foi fruto de algo recente, mas da somatória de um descaso que vem de longe. Há muito tempo, era do conhecimento dos governantes, as irregularidades existentes no prédio, a carência pelas quais o Museu e tudo que o envolvia passava.
Certamente que não podemos negar que o País passa por grande crise. E o bom senso diz que, em tempo de crise, deve-se dar prioridade aquilo que seja hierarquicamente mais importante.
É aqui que achei certíssima a colocação de Bolsonaro, principalmente quando ele afirma “priorizar a cultura raiz”.
Aqui, eu lanço a pergunta a você, leitor:
O que é mais importante para a cultura do Brasil e do mundo? Um Museu com um riquíssimo acervo cultural capaz de nos remeter não somente aos primórdios de nosso Brasil, mas ao conhecimento de diversas áreas da história da humanidade, ou aos “espetáculos” chamados de arte/cultura por “pseudos” “artistas” da atualidade?
Infelizmente, há dinheiro para espetáculos como o de uma “peça teatral” intitulada “Macaquinhos” que foi apresentada no Teatro Patativa do Assaré, em Juazeiro do Norte, no Cariri-CE, no ano de 2015; fortemente criticada, na época, por ter, segundo comentários, sido financiada com dinheiro público, através do SESC. Chamaram de arte um grupo de “atores” nus, rodando em círculo e tocando nos anus uns dos outros.
Também, infelizmente, chamaram de arte/cultura uma exposição de “obras” incitando o universo sexual de adultos e crianças, inclusive com cenas de zoofilia e, pior, permitir o acesso de menor, como aconteceu com a exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte”, em Porto Alegre na primeira quinzena de setembro de 2017.
Outra aberração que chamaram de arte/cultura foi o que aconteceu no mês de setembro de 2017 no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM: um homem adulto nu, deixando-se, com apoio do público, ser tocado por uma criança. Segundo o Jornal de Brasília, “o MAM ressalta que a criança estava acompanhada da mãe e que a sala onde ocorria a performance estava “devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez artística” (o que torna mais grave ainda). O museu também garante que o trabalho, intitulado “La Bête”, não tem qualquer conteúdo erótico.”
Deixando de lado a tal “liberdade de expressão” que é importantíssima, mas que é também a porta que se escancara para muitas pessoas insensatas, particularmente por aquelas que querem fazer de tudo para aparecer, novamente questiono: o que é mais importante? O que é prioritário? O que vai, de fato, ser positivo para o enriquecimento cultural da pessoa, independentemente de sua idade?
Realmente, nossas origens, é bem mais importante.
Se as verbas liberadas para as aberrações catalogadas como arte/cultura tivessem sido direcionadas para o que fosse sadiamente prioritário, quem sabe essa irreparável perda não tivesse acontecido!?
Pense nisso!
(*) https://www.msn.com/pt-br/noticias/eleicoes/%e2%80%98j%c3%a1-pegou-fogo-quer-que-fa%c3%a7a-o-qu%c3%aa%e2%80%99-diz-bolsonaro-sobre-museu-nacional/ar-BBMSMs0?li=AAggXC1
(**) http://pejoseneto.blogspot.com/2017/09/brasil-infelizmente-tambem-pais-do.html
(***)http://www.jornaldebrasilia.com.br/brasil/interacao-de-homem-nu-com-crianca-durante-peca-gera-polemica-na-internet/
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