O sertão ao longo de sua história, tem sido vitima de longas secas e prolongadas estiagens, cujos fenômenos cíclicos tem afetado muito a região, mormente a sertaneja, em vista de sua situação geográfica no polígono da seca, a historia sertaneja está eivada de secas tenebrosas afugentando o homem sertanejo muitas vezes, de seu habitat não fossem essas secas periódicas traçadas a região sertaneja, esse pedaço de Brasil seria muito bom e produtivo. Os governos vem procurando criar mecanismos que visem atravessar as impetuosidades desses fenômenos, o chamado “convívio com a seca”, mas não existe essa “convivência” sem água.
Nesse artigo, no jornal de Arapiraca, nos espaços que gentilmente, procuro focar fatos históricos do sertão por viver e conviver nessa área, sem ser um expert no assunto, mas observador, um “sertólogo”, visto a região ser essencialmente rica, os casos e fatos oferecendo condições para aqueles que gostam dos casos sertanejos. É, pois, o sertão terra sem chuva, porém de gente trabalhadora honesta e pacata que procura envidar esforços afim de minorar os efeitos agudos que via de regra castiga o sertão tentando prejudicar sensivelmente a vida dessa gente pacata e boa.
A agricultura que é o suporte econômico da região, está praticamente falida, as chuvas que caíram na região no período invernoso, cujo ciclo está se concluindo, não foram suficientes para criar sequer uma lavoura de subsistência. O milho plantado na Bacia Leiteira do estado não foi suficiente para se fazer os famosos silos, que sustentam o gado nas grandes estiagens, deixando os fazendeiros preocupados ante a situação de penúria. O bagaço da cana transformado em silagem, chega ao sertão, porém não atinge o pequeno criador, porque o produto não é de graça e ainda é bagaço chupado sem nenhuma nutrição para o gado e muitas vezes são necessárias para o alimento completo, a exemplo de palma, farelo, milho e outros elementos que passam bons nutrimentos para o gado.
Este ano de 2018, foi mais um ano de pequeno inverno, os açudes estão secos, o que está salvando a lavoura é a água encanada vinda do Rio São Francisco que está capengando, carecendo sobretudo, de uma revitalização, e não de uma transposição, o assoreamento em seu leito é visível em toda a sua extensão, esse rio dado seu valor, constitui-se no pulmão do nordeste, pois seu valor é inestimável para o sertanejo, espera-se que o propalado canal do sertão, venha deveras, atenuar a situação das secas, que periodicamente, atormentam o sertanejo e minimiza a secas climáticas que fazem parte da história sertaneja.
As trovoadas que via de regra caíram, na região sertaneja, foram alentos que não encheram as barragens e açudes de pequeno porte não gerando sequer o alimento por meio da lavoura e a cana que é o grande subsidio de Alagoas, por falta da água vem passando momentos difíceis, espera-se, portanto, que os governantes vejam com bons olhos a situação que está castigando mais de trinta município nas Alagoas, por ser o governador, oriundo das terras sertanejas que aliado ao sacrifício do homem do campo, por isso se integra a comunidade sertaneja como homem que não tem pátria, mas desejo de servir a sua comunidade.
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