Em uma manhã de quinta-feira, eu estava em Santana do Ipanema, na loja de uma amiga e, enquanto conversava com ela, chegou uma cliente e, auxiliada por uma das funcionárias, escolheu algumas peças de vestuário. Depois iniciou uma conversa com essa mesma amiga.
O assunto era sobre a família. Deixei as duas conversarem, peguei o celular e aproveitei para ver algumas mensagens que havia recebido através das redes sociais, mas não deixei de ouvir parte da conversa. Uma frase dita por essa cliente chamou minha atenção. Referindo-se aos seus filhos, disse ela: “Casaram-se, saíram de casa, mas a casa não saiu deles”.
Frase de efeito que me fez pensar. Quando realmente acontece o que essa cliente afirmou?
Quando os filhos são bem-educados, respeitados, amados, priorizados pelos pais, eles, os filhos, dificilmente vão cortar o “cordão umbilical existencial”, para com aqueles que os gerou.
Os filhos, sentindo-se amados, reconhecem esse vínculo, tornam-se mais obedientes. Veem nos pais grandes, inseparáveis amigos. Jamais os abandonarão. A gratidão que possuem pelo cuidado com que os pais tiveram por eles desde o nascimento, tornando-os filhos, saudáveis, vencedores nas diversas dimensões da vida vai levá-los a retribuir esse amor, principalmente quando o acúmulo de anos levar os pais a declinarem.
Em outras palavras, os pais cuidam dos filhos; depois os filhos é quem vão cuidar dos pais. Com o tempo, os papéis se invertem... E não é por obrigação, é por amor. Um amor que foi construído da interatividade entre ambos, pais e filhos. Um filho ou filha que ama verdadeiramente seus pais, jamais os abandonarão.
Quando os pais investem nos filhos e esses se sentem amados, qualquer tempo disponível que haja, é tempo para um encontro. Cada encontro é uma festa, a festa da unidade, do amor...
Assim, independentemente do motivo que leve os filhos saírem da casa – trabalho, viagem, casamento – a casa jamais vai sair deles... entendendo o termo “casa”, não o prédio de tijolos e argamassa, mas a estrutura familiar construída tendo como base o amor-caridade...
O que você acha?
Comentários