Vamos Falar com Deus

Paiva Netto

Se Deus criou a água, por que não pode fluidificá-la?
Desde o princípio da pregação do saudoso Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, Alziro Zarur (1914-1979), que é anterior à LBV (fundada em 1o de janeiro de 1950 — Dia da Paz e da Confraternização Universal), e durante o programa Vamos Falar com Deus, os seus ouvintes colocam ao lado do rádio um copo, um jarro, o que seja, com água, para que, durante aqueles momentos de comunhão com o Poder Superior, pela fluidificação do precioso líquido, todos os que tenham Fé recebam, na razão direta do merecimento de cada um, a graça do Pai Celestial.
A Religião Divina, diariamente, durante a sua poderosa Corrente de Orações, fortalece os Espíritos e ilumina as mentes, por meio dos ensinamentos do Apocalipse e do Evangelho de Jesus. Com isso, mostra aos seus ouvintes e seguidores [telespectadores e internautas] que, se Deus fluidificava as águas do Rio Jordão e do poço de Siloé para curar os enfermos nos tempos bíblicos, por que não poderá fluidificar a água colocada junto ao receptor no horário do PBV — Programa Boa Vontade? Ora, como ensinou o Divino Chefe: “Tudo é possível àquele que crê” (Evangelho, segundo Marcos, 9:23).
Quando Zarur deu início ao programa Vamos Falar com Deus, alguns diziam que era pretensioso, ou estava louco, porque afirmava que a criatura podia falar com o Criador. Então, Jesus estaria doido primeiro, porque quando Lhe pediram: “Mestre, ensina-nos a orar”, Ele ensinou o Pai-Nosso (Evangelho, segundo Lucas, 11:1 a 4), que é a Oração Ecumênica por excelência. Todos podem entoá-la, sem ferir os postulados da sua crença, porque se trata de um filho, um suplicante, dirigindo-se a seu pai. Até mesmo os irmãos ateus, como expliquei também em Reflexões da Alma (2003), da Editora Elevação, podem fazê-lo, pois se não acreditam num Poder Celeste, certamente louvam a Ética, a Fraternidade, a Solidariedade, a Compaixão, a Generosidade, a que devem elevar sua consciência. Por isso é conhecida como Pai-Nosso, de religiosos e ateus, a Prece milenar do Cristo de Deus.

Jesus disse: Pai Nosso.
Repararam que é Pai Nosso? Pai de todos, como destacava Dom Bosco (1815-1888), já no século 19. Jesus não falou Pai meu. Ele disse “Pai Nosso, que estais no Céu”.

Pai-Nosso — A Oração Ecumênica de Jesus
(Evangelho, segundo Mateus, 6:9 a 13)

“Pai Nosso, que estais no Céu [e em toda parte ao mesmo tempo], santificado seja o Vosso Nome. Venha a nós o Vosso Reino [de Justiça e de Verdade]. Seja feita a Vossa Vontade [jamais a nossa vontade], assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia dai-nos hoje [o pão transubstancial, a comida que não perece, o alimento para o Espírito, porque o pão para o corpo, iremos consegui-lo com o suor do nosso rosto]. Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoarmos aos nossos devedores. Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal, porque Vosso é o Reino, e o Poder e a Glória para sempre. Amém!”

Por que é Ele quem completamente sacia a nossa fome, incluída a de Paz, da qual as nações do mundo andam correndo atrás sem conseguir alcançá-la?
Porque Ele é o Pão Vivo que desceu do Céu, como destaca o capítulo sexto do Evangelho do Cristo, consoante a narrativa de João, versículos de 48 a 51:

48 Eu sou o Pão da Vida!
49 Vossos pais comeram o maná no deserto, mas
morreram.
50 Este é o Pão que desce do Céu, para que se coma
dele e não se morra!
51 Pois Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Se
alguém dele comer, viverá eternamente; e o Pão que
Eu darei para a vida do mundo é a minha carne.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br – www.paivanetto.com

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