Os fanáticos sempre querem algum tirano como chefe para que este possa atender aos seus anseios moralizadores, a sua Wille zur Macht.
Quando alguns religiosos, que se dizem cristãos, vêm a apoiar políticos autoritários com suas políticas autoritárias, alguma coisa está errada eticamente. Quando alguns "liberais" vêm a defender políticos que perseguem a liberdade, que promovem discriminações e distinções, que não respeitam a separação dos poderes, um dos pilares do liberalismo político, silenciando ante horrores e violações contra o meio ambiente, por exemplo, estamos vendo falsos liberais (que os denominei de "liberais xinglings", pois são uma fraude intelectual). Como já denunciava Boétie: "não se deve abusar do santo nome da liberdade para executar uma má ação."
O fanatismo político ama o populismo, a incompetência, faz abertamente o culto aos extremos, o culto ao homem violento e ignorante. O fanático acredita que tem um destino divino a cumprir. Aproveita-se de crenças e padrões éticos estabelecidos para reinventá-los a seu bel-prazer, isto é, para atender à sua ideologia nefasta. As verdades factuais são alteradas ou destruídas dentro do seu imaginário. E o fanático crê nas próprias quimeras e mentiras!
Para o fanático, tudo que é contrário à sua ideologia é tomado como inimigo. O fanático não respeita as diferenças dos outros, não aceita críticas, odeia as liberdades de prensa, imprensa e de expressão. Ele não se ajusta à sociedade porque se alimenta de preconceitos, racismos e ódios àqueles que não se submetem às suas funestas visões do mundo.
Adriano Nunes
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