Nossa crônica semanal, já é práxis, tentará enveredar pelos auspiciosos caminhos do neologismo. Sempre aqui na internet, garimpamos, e achamos matérias interessantes. Elas existem aos montes. A que faz o diferencial, hoje, encontramos no site da Globo.com.br, no G1. A famosa buchada de bode, que julgávamos ser um prato exclusivamente “nosso” aqui do sertão, tipicamente nordestina, não é não. Olha só existe na Escócia. E até esporte praticam com esta iguaria.
“Campeonato Mundial de arremesso de “Haggis” prato típico da Escócia. Dezenas de pessoas participaram no domingo (29) em Alloway, na Escócia, do tradicional campeonato de lançamento de “haggis”, um prato típico escocês. O “haggis” consiste em um bucho de de carneiro recheado com vísceras.”
Pegando literalmente, gosto pela culinária brasileira buscamos “apimentar” nossa crônica indo encontrar o “tempero” que faltava no site wikipedia.org.br. Onde degustamos bons “petiscos”. E queremos compartilhar com você caro leitor e leitora. Por exemplo, você sabia que?
“A grande maioria dos indígenas do interior [do Brasil] desconhecia o Cloreto de Sódio, e tentavam suprir essa carência através da “geofagia”, ou seja, a ingestão de terra, ou produzindo sal através das cinzas de vegetais. Alguns depósitos de sal gema eram encontrados no interior da Amazônia”
E esta sobre a tradicional feijoada:
“Ao contrário da já assentada concepção do surgimento do prato nas senzalas, feito a partir das sobras de carne da casa-grande, a feijoada teria surgido no século XIX a partir da adaptação do cozido à portuguesa. Prato que remonta ao Império Romano. E encontra seus semelhantes na Itália, “casouela”, na França “cassoulet” e na Espanha “puchero”. O rabo, as orelhas e os pés de porco não eram considerados restos, eram apreciados na Europa.”
Sobre a “nossa” tradicionalíssima aguardente de cana, saibamos que...
“Entre o século XVII e início do século XVIII, a borra da cana-de-açúcar recebia o nome de “cagassa” ou “cachassa”, nome de origem espanhola, país onde a borra do vinho recebia este nome. Com a abundância dessa sobra do processo de produção do açúcar, os portugueses cogitaram destilá-la à imitação da técnica de produção do Rum, da “Tafia” ou “Ratafia” bebida alcoólica consumida na América Central."
Você sabia? As superstições brasileiras à mesa tem origem portuguesa. Por exemplo:
“A salada de frutas era mal vista após a ingestão de alimentos como leite, cachaças. Leite, mangas, melancia, banana e farinha ou leite com pinhas, jacas. O leite por ser visto como um alimento completo, não necessitaria de outros e por isso a mistura faria mal a saúde. Bem como o consumo de cana-de-açúcar e melancias debaixo do sol. A cachaça com frutas cítricas teria efeito medicinais de cortar os efeitos da gripe e resfriados. Algumas crenças envolvia o credo religioso, evitar falar “nomes feios” à mesa, comer despido ou de chapéu. Acreditava-se que seria uma ofensa a Jesus, ao anjo da guarda ou a um santo que estivesse presente na hora das refeições. Era tabu a presença de treze convivas num banquete porque na “Última Ceia” treze pessoas havia à mesa.”
No watsapp também a culinária brasileira, e seu neologismo, vai promover boas gargalhadas. Como aquela do bode gaiato que, noutra crônica, já contei aqui:
“-Mãe o que temos pra janta?
-Flocos de milho vaporizados, com vísceras bovinas fritas ao óleo.
-Cuscuz com tripa... De novo mãe!!!”
E tem esta outra mais recente:
“Alguém liga pro prefeito, e:
-Prefeito o senhor gosta de Vatapá?
-Gosto...
-Apôis vá tapá os buracos das ruas!”
Sabe aquela cantiga de roda infantil? Aqui no nordeste se canta assim:
“Azuní o Pau no Gato tô tô...”
Fabio Campos, 30 de janeiro de 2017.
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