BLACK FRIDAY: VENDEM-SE PALAVRAS!

Fábio Campos

Nesta época do ano o assunto vira febre, nas redes sociais e nos campos das relações comercias principalmente. Portanto a Sexta-feira Negra é o mote de nossa crônica de hoje.

“Um dos mais aguardados no ano por lojistas e consumidores, a Black Friday teve origem nos Estados Unidos e hoje é adotada em vários países do mundo, como o Brasil. Nos Estados Unidos o evento acontece tradicionalmente depois do feriado de Ação de Graças ( Nos EUA na última quinta-feira de novembro), com filas a perder de vista. Todos os consumidores têm um único objetivo: garimpar produtos com desconto que chegam a 90% do preço original. Mas de onde vem o termo? Literalmente “sexta-feira negra” em inglês. Segundo o linguista Benjamin Zimmer, editor-executivo do site Vocabulary.com. Nos Estados Unidos, a primeira vez que o termo foi usado foi no dia 24 de setembro de 1869 quando dois especuladores, Jay Gould e James Fisk, tentaram tomar o mercado da Bolsa de Nova York.

Black ou Big Friday? Este termo ganhou popularidade pela primeira vez na Filadélfia. Policiais frustrados pelo trânsito causado pelos consumidores, naquele dia começaram a se referir dessa forma aquela sexta-feira. Os lojistas por sua vez não gostaram de ser associados ao tráfego (intenso) e (consequentemente) a poluição. Tentaram repaginar o termo para “Big Friday” segundo um jornal local de 1961. (Evidentemente não vingou!) O termo “Black Friday” permaneceu restrito à Filadélfia por um tempo surpreendentemente longo. Só se espalharia pelo mundo a partir de meados dos anos 90.

No México, a Black Friday ganhou novo nome “El Buen Fin”, ou “Bom Fim de Semana”. A comemoração é associada ao aniversário da revolução de 1910 no país, que as vezes cai no dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. No Brasil o feriado de Ação de Graças não ocorre neste período (é comemorado no dia 1° de janeiro), mas o Black Friday passou a existir quando os lojistas perceberam o potencial de vendas deste dia. Fonte: www.bb.com.br"

Um fator fica evidente ao tocarmos neste assunto: o idioma falado por um país, e sua influência diante da conjuntura econômica em que o mundo atualmente se encontra. Já ouvi de um aluno meu a seguinte indagação: “-Professor! Se eu não moro, nem pretendo morar na Inglaterra. Por que tenho que aprender inglês?” Ao que imediatamente respondi: “Você conhece aquele ditado: “Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé.” Você (aluno) pode não ir morar nos Estados Unidos (ou Inglaterra), mas eles (os países anglo-saxônicos) vêm até você, através dos produtos consumidos.

E sem precisar ir muito longe, mostramos a ele (aluno) a verdade a respeito do que afirmamos. Observe! Como chama-se a calça que você está vestido nela neste instante? -‘Jeans’! Pois é, falou inglês! Que pasta de dente usou para sua higiene bucal, hoje pela manhã: Colgate? Close Up? Falou inglês! Comprou um chiclete ‘Trident’ ou uma pastilha ‘Halls’, novamente inglês! Depois da escola vai por um ‘short’, põe seu tênis “All star”. Pegar o seu ‘skate’, ouvir música com seu ‘microssistem’, ouvir um ‘CD’ (Compact Disk), ou assistir um ‘DVD’ (Digital Versatile Disk). Ouvir seu ‘hip hop’, quem sabe ir no ‘Shopping’. Os botões de seu aparelho: ‘On’, ‘Play’ ou ‘Start’ pra “Ligar” e ‘Off’ pra “Desligar”. Facebook, Blog, internet, Windows, Word, Pen drive, Download. Sem falar no stangram Watsapp que você precisa estar ‘On line’. No esporte, praticamente todos tem origem no inglês: futebol (fut= chute; bol, (ball) bola; handbol (bola na mão); Basketbol (bola ao cesto); voleibol (voleyball) voar com a bola; M.M.A.; U.F.C.(Mixed Martial Arts e Ultimate Fighting Championship). E tantos outros termos que usamos quase inconscientemente mas que estamos falando inglês. Como “Baitola” “Gay” para designar individuo homossexual. Aqui na web tem sites especializados no assunto.

Tem um que expõe 100 palavras de origem inglesa que usamos no nosso dia. As quatro primeiras são: Milkshake, hamburger, Diet, Light.

Sobre o termo ‘Sexta-feira Negra’ intrínseco vai o ‘Bullying’. Se não vejamos: Um nativo africano morando no Brasil a mais de 30 anos. Produziu um vídeo e publicou nas redes sociais que diz: “No Brasil temos o costume de associar a palavra ‘negro’ somente à coisa ruim. E o dicionário vai dizer justamente isso: negro; algo ruim, maldito, infeliz. Mercado negro; Humor negro; Magia negra; Câmbio negro; Ovelha negra. Ninguém, no Brasil, come Feijão negro, come feijão preto! Toma café preto; tem um carro preto. Se ganha na loteria, ganha uma nota preta! Vamos tirar a palavra negro/negra de nosso preconceito.”

Pra encerrar:

Pra campanha presidencial Donald Trump utilizou o seguinte ‘slogan’ (e haja inglês!):
“Make América great again.” Traduzindo: “Faça a América grande de novo.”

A palavra em destaque, logo abaixo do seu nome Nos púlpitos em que discursava: “PENCE” que é o plural de “Penny”, que quer dizer “Moeda de 1 CENTAVO”.

Os adversários espalharam cartazes e fizeram bonecos do Trump, completamente nu, com um pinto minúsculo. E a palavra ‘Joke’ que significa: piada; palhaço; palhaçada; etc.

Uma cantora pagodeira aqui do Brasil (que nem é mais sucesso). Ficou sabendo que Trump odeia Latino. Daí comentou:

-Coitado do Latino. Eu gosto tanto das músicas dele.


Fabio Campos, 26 de novembro de 2016.

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