EIS QUE CHEGOU A HORA DO ENEM: E A REDAÇÃO?

Fábio Campos

Neste final de semana mais de oito milhões de candidatos irão fazer o Enem. Pra ser mais exato serão 8.627.195. As redes sociais, os tabloides, e mesmos os jornais de tevê estão cheios de reportagens, notícias, informes e dicas pra os que vão se aventurar no certame. Resolvemos checar alguns desses sites e trazer pra nossa crônica algumas dicas importantes.

No tabloide interativo MSN, traz um link chamado “Oito cuidados que todo Candidato ao Enem deve ter”. Nele os professores Élcio Bertollo e Barbara Pinheiro repassam dicas importantes tais como:

“Chegue ao local das provas com uma hora de antecedência (a não ser que o candidato queira servir de piadas nas redes sociais pros que se posicionam nos portões munidos de câmeras fotográficas só pra registrar os flagrantes dos atrasados); Esteja portando os documentos necessários exigidos no edital; Esteja portando caneta preta feita de material transparente; Não esteja portando nenhum equipamento eletrônico (se tiver que estar com o telefone celular, desligue-o, nada de fazer selfs , isto é eliminatório); Faça refeição equilibrada, carregue água, prefira umas barras de cereal ou frutas, pra lanche, do que coisas gordurosas que podem danificar a prova; controle a ansiedade; relaxe, nada de estudar muito de última hora”

Como podemos ver as dicas são tão óbvias que o entrevistador preferiu entrar noutro mérito. E a redação? Considerada o bicho papão de qualquer vestibular que dicas eles tinha pra passar? O professor Élcio acabou citando, na sua fala, sobre as “Cinco regras básicas pra se fazer uma boa redação. Enfatizou ainda sobre a 5ª competência” que está contida num pequeno Manual criado pelo Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais – Anísio Teixeira). E nós fomos “lá” checar:

“Competência 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa; 2 - Compreender a proposta de redação, texto dissertativo-argumentativo em prosa; 3 - Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentar em defesa de um ponto de vista; 4 - Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para construção da argumentação; 5 – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.”

Ao ver “Listas de Dicas” como esta, sobre qualquer tema. Aprendi a fazer como Jesus fez com os dez mandamentos; resumiu em 2: “Amar a Deus sobre todas as coisas; e ao próximo como a si mesmo”. Observe as cinco dicas à cima, dá perfeitamente pra se resumir em três: a número 1 e 4 se complementam; a 2 e 3 idem; e a 5ª é uma proposta de intervenção. Resumindo: o candidato tem que ENTENDER o texto, saber ESCREVER corretamente, e INTERVIR com seu ponto de vista. Pronto! Simples assim. E a chance de tirar uma boa nota em redação aumenta.

Enquanto entrevistava, o repórter lia num tablet, perguntas de internautas ao vivo. E alguns fizeram perguntas interessantes. Sobre, se o título na redação, não seria opcional ou obrigatório? Os entrevistados deixaram a dúvida no ar. De que área do conhecimento viria o tema deste ano? E as dicas foram: racismo. Intolerância religiosa, crise dos refugiados, polarização política. Mas foram enfáticos quanto a dissertação ela precisa ter média de 130 linhas. É daí que vem o medo, argumentar o que, se não tivermos “bagagem” pra isso?

Uma dica minha para os candidatos: ao fiscal de sala, não o chame para tirar qualquer dúvida sobre a prova. Ele está ali somente para fiscalizar, não pode tirar nenhuma dúvida. O máximo que podem fazer é coibir a “cola”, conduzir o candidato que necessita ir ao banheiro, ou tomar água. Ou ainda, por ventura, esteja se sentido mal.

Uma palavra interessante e bem oportuna é “Vestibular”? Este termo vem de vestíbulo o mesmo que ‘buraco’ em referência aos antigos exames, que precisavam ser vazados com um grampo, ou clip cada questão dos cartões-respostas.
Outra palavra interessante é “PALEATIVO”. Vi outro dia, num verso, Folhinha do Sagrado Coração de Jesus. Como perdi recorri a internet para refazer:

"Geralmente nós a usamos para caracterizar algo que foi “remediado”. “Vem do Latim: PALLIATUS “aliviar sem chegar a cura”, literalmente “coberto” envolto numa “Capa”: de PALLIUM” Fonte: origemdapalavra.com.br Concluo que daqui nasceu a palavra paletó.

Olha só o que me enviaram no Wathsapp:

“Como é mesmo o nome daquilo que duas pessoas, ficam uma em cima da outra, e depois vão dormir?
...????
Isso mesmo: BELICHE! Agora peça perdão a Deus, por ter uma mente tão poluída!”
Kkkkkkk

Fabio Campos, 04 de outubro de 2016.

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