Djalma de Melo Carvalho
Membro da Academia Santanense de Letras
O convite, renovado por alguns telefonemas, levou-nos à simpática cidade de Garanhuns no fim de semana passado, marcado pelo feriado de 21 de abril. Tudo gentileza de um casal amigo que, faz alguns anos, aprendemos a estimar e a admirar, proprietário do majestoso e acolhedor Garanhuns Palace Hotel, localizado na principal avenida da cidade.
Havia mais motivos para que não fosse recusado o convite: a oportunidade, mais uma vez, de visita à bela cidade serrana, de clima agradabilíssimo, o abraço no gentil casal e a presença em dois espetáculos musicais do IV Festival Viva Dominguinhos.
De algum tempo para cá, a prefeitura e empresários locais vêm prestando merecida homenagem a Dominguinhos, saudoso artista conterrâneo, acordeonista, cantor e compositor. Cantor e poeta, Dominguinhos encantou o Nordeste e o Brasil com suas canções e soube exaltar sua cidade natal, a “Cidade das Flores”.
Garanhuns é conhecida como cidade de festivais e de eventos culturais. No período de 17 a 21 de maio próximo, por exemplo, sediará a III Bienal do Livro do Agreste. Ultimamente, tem promovido, com sucesso, seu Natal-Luz. A cidade, então, engalana-se para acolher turistas do Brasil e do exterior.
Na primeira noite do festival, lá estivemos. Diversos artistas apresentaram-se, ocupando o imenso palco de muita luz e potente sistema de som, sob aplausos e delírio do grande público que lotava a chamada Esplanada Guadalajara, local onde também se realiza, anualmente, o Festival de Inverno de Garanhuns.
Lamenta-se na cidade que a sequência do Garanhuns Jazz Festival tenha sido interrompida em 2015, após sete anos de empolgação e de alegria dos amantes do jazz e do blues, músicas americanas universalmente conhecidas.
Garanhuns, como a pernambucana cidade de festivais e de reconhecida vocação para o turismo, tem nesse segmento o melhor ensejo para movimentar sua economia. Bem o disse o empresário e político Givaldo Calado: “Mais gente na cidade impacta todos os seus segmentos. Do flanelinha ao grande empresário.” Dispara a taxa de ocupação da hotelaria e também cresce o faturamento do comércio, de bares e restaurantes. Durante os festivais, por exemplo, as cercanias da Esplanada da Guadalajara são tomadas por barracas, bares, botecos, carrinhos, etc., onde são vendidos lanche, cerveja, refrigerante e o popular churrasquinho. Verdadeira parafernália. Ademais, durante esses eventos parece até multiplicar-se a quantidade de veículos que engarrafam ruas e avenidas do centro da cidade.
Na segunda noite do Festival Viva Dominguinhos, preferimos ir a um elegante restaurante da parte alta da cidade, acompanhados, eu e Rosineide, das amigas Terezinha Lages e Socorro Almeida. Deliciamo-nos, ali, com a especial culinária da casa e com taças de vinho, ao tempo em que apreciávamos a boa música ao vivo dos artistas Maurílio e Roberto, mestres ao violão e ao bandolim, respectivamente.
Na verdade, fim de semana especial porque, além do mais, estivemos na boa companhia dos amigos Givaldo e Emília Calado, ilustres filhos da cidade, a quem agradecemos a gentileza que nos foi dispensada. Com certeza, brevemente retornaremos à bela e hospitaleira “Cidade das Sete Colinas”, também poeticamente conhecida como a “Cidade onde o Nordeste garoa”.
Maceió, abril de 2017.
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