Acertadamente, alguém disse que se a vocação nasce com o ser humano, difícil se torna de tolher, visto ela está sempre presente em cada vida. O escritor é amante das letras, da literatura, foi sempre bom nas redações escolares, é um artífice que vai forjando seu cabedal literário que fluirá mais tarde, propiciando-lhe na formação de suas peças que comporão seus livros.
Dentre os grandes escritores que convivo com seus escritos tão fantásticos, a exemplo de, Machado de Assis, Olavo Bilac, Divaldo Suruagy, Bezerra e Silva, Adalberon Cavalcante Lins, Coelho Neto, Dr. Ivan Barros, Castro Alves, José de Alencar, Rachel de Queiroz e o inimitável Humberto de Campos, na minha singela análise, este é o melhor, pois a maneira como Humberto de Campos disseca um tema é surpreendente, pois, a bela obra Sombras que sofrem, só e somente ele, possui essa habilidade, esse traquejo no jogo das palavras na redação de seus livros. Perguntaram ao grande literato Francês, Guy de Mau passante onde estava o segredo de uma grande obra, e aquele velho homem das letras baixou a cabeça como a olhar sua finitudes, a terra, e já com os seus olhos cavos pelas idas e vindas da vida, respondeu: “ O segredo de uma boa obra literária, está centrada em três aspectos começo, meio e fim”. Pois, quem se propõe a fazer um bom trabalho deve ter em mente a propositura de um bom começo e, conseqüentemente, saber chegar ao meio e a competência de chegar ao fim sem atrofiar a obra.
Humberto de Campos nasceu talhado pelas e para as letras, melhor que ninguém sabia vivenciar esta habilidade literária com eximia perfeição, quando somente possuía o curso médio, mas o talento fazia o resto. Suas obras estão ai ocupando com distinção as livrarias e estantes que se prezam, levando cultura, saber e conhecimento tirado do cabedal enriquecedor que esse sábio das letras deixou pra à posteridade. Possuo uma coleção escrita por esse insigne homem das letras, editada pelo OPUS, em 1982, com dez volumes já a li três vezes toda a coleção, não sei ainda qual dos dez livros o melhor. Dizem que a coleção é psicografada, não sou admirador nem adépto dos escritos kardecistas, nada contra, porém se a obra que hora comento, é dessa linhagem, até parabenizo o psicógrafo pela coerência nos textos, não possuindo subsídios para contestar o escritor.
Ler os escritos de Humberto de Campos, e em Sombras que sofrem, é compreender a dor aliada ao sofrimento na busca da serenidade que dimensiona os caminhos etéreos rumo a eternidade. Esta obra tão valiosa escrita pelo mestre das letras possui uma performance tão atualizada e tão rica em conhecimento, focando muitos vocábulos e textos bíblicos, quando o autor se dizia agnóstico. Certa pessoa perguntou a um ateu, o senhor é ateu? E ele respondeu: Sou, graças a Deus. Ora, se esse ateu, espírita ou outra tendência religiosa, para mim, nada importa, importa sim, sua obra magnífica que continua sendo destaque para aqueles que sabem valorizar a seiva da literatura brasileira.
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