Quando o presente registra o passado, os que vierem depois saberão melhor se direcionar para o futuro, e é aí que a história vai se forjando, e escrevendo seus capítulos para se condensarem nos livros e compêndios da história de cada povo, se os primatas e os trogloditas nada escreveram, mas souberam deixar nas pedras suas impressões rupestres e as pegadas vivas de suas passagens, que se constituíram verdadeiros mananciais de cultura e se tornaram elos entre os hieróglifos, decifrados pela inteligência fecunda do francês François, Champollion, que revelou ao mundo a história dos povos antigos, mormente, os egípcios, e quando as água dividiram seus cursos, surgiu uma enorme pedra, medindo aproximadamente 30.000 metros, situada no município sertanejo de Olho d’Água das Flores, que segundo alguns geólogos, já foi fundo de mar, e o que é interessante é que toda pedra se coinstitui num bloco só, tendo bem no centro um enorme açude, que abastece toda família proprietária desse Pedrão com boa água, que o povo popularmente denominou de “Pedra do céu”, enquanto ha dois quilômetros fica o povoado Pedrão, que já é mais que centenário. Tudo começo quando o cidadão Ponciano Machado Vilar, vindo de Águas Belas, Pernambuco, nos idos de aproximadamente 1870, passou a viver nesse lugarejo, que dado ao tamanho da “pedra do céu”, não tardou, pois, Ponciano, dar o nome do lugar de Pedrão, e em 1875, o mesmo cidadão ao lado de outros moradores como Antonio Serapião, a família Neris Santiago, Anastácio construíram uma capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, Cuja primeira imagem ainda existe, foi doada pelo cidadão Calixto Anastácio, é feita de madeira e de tamanho pequeno, uma verdadeira relíquia religiosa, mesmo sem beleza, mas seu valor histórico é muito importante. O povoado cresceu, prosperou passou a ter duas bulandeiras, espécies de descaroçadeiras de algodão, sendo uma pertencente ao cidadão Calixto Anastácio, porém em 1926, Lampião com seu bando (apenas nove cabras) em visita ao povoado de Pedrão, a mando do Coronel Ângelo da Jia, queimou um automóvel de Calixto Anastácio e ainda o pegou juntamente com o cidadão Izaú Ferreira Gomes, que eram pessoas abastadas em Pedrão, porém soltaram sem os ofender. Desgostoso, Calixto Anastácio foi embora para Poço das Trincheiras onde casou. (assunto para outro artigo). Pedrão teve três lojas, feira, e um comércio próspero, mas depois dessa investida de Lampião e seus asseclas, seu comercio foi decaído. Atualmente aquele povoado, está experimentando certo fluxo de desenvolvimento, possui boa escola, calçamento, água encanada, energia elétrica, alguns veículos, comercio bom, a escola Municipal Ponciano Machado Vilar possui um quadro de professores todos formados com nível superior, melhorando assim o nível cultural daquela gente pacata e boa. Colado ao povoado existe uma grande lagoa, cavada inicialmente pelos escravos, que quando do desmonte do Quilombo dos Palmares, alguns escravos fugidos da comunidade Quilombola, homiziaram-se naqueles arrabaldes e deram inicio as escavações da lagoa do Pedrão como são conhecidas, mesmo possuindo um enorme manancial de água, torna-se praticamente inviável ao consumo humano, visto receber dejetos do povoado, e ficar na parte baixa, porém suas águas são utilizadas para a construção civil e os animais, em épocas invernosas e boas, a lagoa transborda. Quando da emancipação do município, aos 2 de dezembro de 1953, os gestores municipais, passaram a cuidar mais daquela lagoa, hoje mais que centenária, a lagoa do Pedrão possui grandes quantidade e variedades de peixes que são consumidos e comercializados pela população. A comunidade católica festeja o dia 08 de dezembro, dia da padroeira, a Imaculada Conceição, esta é o inicio da história de Pedrão centenário, que se seus filhos não escreveram em livros mas com seu trabalho e seu heroísmo, souberam escrevê-la melhor que ninguém.
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