PAIXÃO DE JESUS

Antonio Machado

PAIXÃO DE JESUS
Antonio Machado

Existem pessoas que vem ao mundo com missões diferentes, e ao partirem deixam seus nomes escritos em letras de ouro, com o brilho de um rútilo diferente, onde o tempo não apaga. Dizia Teotônio Vilela, pai, que “morre o homem, depois o nome”. Entretanto existem àqueles homens que atravessaram os séculos e se eternizaram na perenidade do tempo. Jesus veio ao mundo dos mortais aos 25 de dezembro do ano 01, se assim o foi, Jesus, é o jovem de 2.017 anos de existência, cujas datas não são precisas, contudo houve na época um consenso entre os escribas, e ficaram instituídas essas datas como de fato e verdadeiras, o importante é que se comemora a paixão de Jesus Cristo. A quarta-feira de cinzas abre o período quaresmal na igreja católica, percorrendo um curso de 40 dias, relembrando o período que Jesus jejuou no deserto, ou os 40 anos que o povo hebreu vagou nas estradas sob a tutela de Moisés, em busca da terra prometida, entre avanças e recuos, não importa quantos passos foram dados para trás, mas, os que foram dados para a frente. Os papas de todos os tempos desde São Pedro a Francisco, sempre veneraram com piedade a santa quaresma e a semana santa que é iniciada com o domingo de ramos, simbolizando a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém, e cada ano a igreja católica rememora esse fato, revivendo a paixão e morte de Jesus Cristo, prescrevendo na quarta-feira de cinzas na sexta-feira santa, a abstenção de carne, porém pede aos católicos a penitência traduzida em ajuda aos mais pobres, visitas aos enfermos, vista essas virtudes constarem na Bíblia, livro por excelência de todas a religiões que se prezam.
A quaresma acoplada à semana santa envolve toda a paixão e morte de Jesus apontando a Páscoa que vem do hebraico (pessach) que significa festa a passagem da morte de Jesus para a vida eterna, quando a igreja celebra festivamente a ressurreição de Jesus Cristo e que no sacramento da confissão de cada um, seguindo-se da comunhão, o cristão passa de uma vida velha a uma nova vida simbolizando a passagem para a graça. A páscoa é uma passagem para a vida eterna que vai se aproximando de Deus, Sêneca (04 a.C . – 65 d.C.) dizia: “é necessário viver para os outros se quisermos viver para nós”, sabe-se, entretanto, que quem auxilia o menos favorecido está abrindo sua estrada para o céu. Não se pode falar na pessoa de Jesus, e esquecer o nome singular de sua mãe Nossa Senhora, haja vista ela estar sempre presente na vida de seu filho, da manjedoura ao calvário, dizem os marianos que no local da crucificação de Jesus, tinham quatro cruzes, embora uma estivesse invisível porque estava a mãe de Jesus, crucificada pela maldade dos homens a sentir as dores de seu filho. Maria antecipou os milagres de Jesus nas bodas de Caná, estando sempre ao lado de seu filho, porque não existe Jesus sem Maria, e nem Maria sem Jesus, por isto a sua história se repete a cada ano da quaresma a semana santa, na gloriosa ressurreição do Senhor.

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