Antonio Machado
O futuro se escreve com a tinta do presente, para que os próceres conheçam o passado, em todos os tempos sempre existiram àqueles que debruçados nos compêndios do presente descobriram coisas maravilhosas e escreveram belas páginas literárias, que atravessaram séculos e se perpetuaram na história. Não fosse, pois, a pertinácia de Thomás Alva Edson (1847 – 1931), que inventou a lâmpada elétrica errando noventa e nove vezes, não teríamos a beleza da energia elétrica, hoje desdobrando-se em todas as modalidades a serviço do homem, a intrepidez de Alberto Santos Dumont (1835 – 1932), que nos legou a invenção do avião, após errar 13 vezes, e a audácia de Champollion ao desvendar os segredos dos hieróglifos egípcios revelando ao mundo sua história, e muito mais ainda existe para se conhecer, outras facetas que se diluíram no tempo.
A internet furou o mundo aproximando as pessoas, e assim caminha a humanidade... quem não registra o presente, hoje, amanhã não conhece o passado, porque a história é a rainha das ciências, como guardiã dos fatos e feitos alinhados nos interstícios do tempo. E quando há o Arquidiocese de Maceió comemora jubilosamente seu centenário, seu pastor maior, Dom Antônio Muniz Fernandes, O Carm, em boa hora, resolveu escrever essa história cheia de tantos percalços, avanços e recuos, mas sobretudo marcada pela piedade e a fé de seu povo comandado pelos padres e arcebispos que permearam essa história chegando a um centenário tendo a frente Dom Muniz pessoa de Deus e para Deus no seu trabalho de evangelização na igreja particular sediada em Maceió, homem talhado pela natureza para dirigir os povos sob os pendores da Senhora dos Prazeres.
O arcebispo Dom Muniz escolheu uma plêiade de pessoas de alto nível, para realização de tão singular evento do povo de Deus: “o Senhor necessitou de braços, para ajudar a ceifar a messe”. Jesus necessitou de mãos para o ajudar na difusão do evangelho, assim fez dom Muniz, para dar uma festa apoteótica na passagem do centenário da Arquidiocese. Para tanto editou alguns exemplares da Bíblia em consonância com a CNBB, e teve a feliz ideia de alocar os nomes de todos os bispos e arcebispos no preâmbulo da Bíblia enriquecendo e enaltecendo a história deste augusto centenário fazendo suas as palavras do papa emérito Bento XVI, que escreveu: “a condição fundamental para que o homem encontre Deus, é a escuta religiosa da palavra”.
No lastro dessa história, dom Muniz deixa para à posteridade, os nomes dos arcebispos que passaram por aquela Arquidiocese aos 23 de agosto de 1901. Ei-los: Dom Antônio Manuel de Castilho Brandão (1901-1910), Dom Manuel de Oliveira Lopez (1911-1922), Dom Santino Maria da Silva Coutinho (1923-1939), Dom Ranulfo da Silva Coutinho (1939-1963), Dom Adelmo Cavalcante Machado (1963-1961), Dom Miguel Câmara Filho (1976-1984), Dom José Lamartini Soares (1985), Dom Edivaldo Gonçalves Amaral (1986-2002), Dom José Carlos Melo (2002-2006) e atualmente Dom Antônio Muniz. Todos eles souberam imprimir o amor a Jesus e deixaram suas pegadas de pastor, mormente na caminhada rumo ao centenário da Diocese.
Concluo esse modesto artigo com o estribilho do hino do centenário, escrito por José Falcão e Ewerton Carlos: “nossa voz a entoar este hino, / sobe ao céu, vosso santuário, / honra e glória ao Deus Trino / neste feliz centenário”.
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