O presente é sempre feito com os tijolos do passado e a argamassa do futuro, com esses elementos, formamos os mosaicos da história dos povos. O nascimento de Jesus Cristo foi um marco histórico para a humanidade, trouxe o Natal como a maior festa da humanidade. Mas quando tudo isto ocorreu? A Bíblia como referência da história, não cita data, os apócrifos alguns não são aceitos pela igreja. Entretanto, a igreja tem por fundamento a anunciação do arcanjo Gabriel a Maria, que dá a entender que foi no dia 25 de março, e em linha reta até 25 de dezembro, registra-se exatamente nove meses, período de gestação de Maria, gerando muitas controvérsias, então para encerrar estas divergências, centrado nos textos bíblicos, o papa Libério, em 354 d.C., instituiu o dia 25 de dezembro como dia de Natal, que significa nascimento, então Jesus teria nascido no dia 25 de dezembro do ano 01, tendo exatamente 2018 anos!
E ai a contagem começa e vai se sucedendo ano após ano, e se o fato aconteceu antes dessa data, registra-se a.C. (antes de Cristo) encerrando assim as polêmicas que via de regra ocorriam entre os povos (Roma falou, tá falado) diziam os povos antigos.
Festeja-se o Natal e a virada do ano, é ano novo com grandes festas, se o Natal é a festa das famílias, o ano novo é a confraternização universal dos povos, confraternizando os povos em todo o mundo, havendo algumas divergências face os fusos horários, mas, no final todos recebem a áurea divina do Natal. O ano de 2018, foi cruel e inditoso para o sertanejo, assemelhando-se em grau, gênero e número a seus anteriores 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e recentemente 2018, houve aqui uma exceção 2017, choveu muito com bom inverno, chegou finalmente o tinhoso 2018 que só trouxe sacrifícios, perdas em famílias e muitas agruras para as famílias, mormente para os sertanejos, foi um ano que se foi e não deixou saudade... Todos cantaram o Adeus ano velho escrita por David Nasser (1917 – 1980).
Quantos e quantos não trouxeram problemas não resolvidos, contas que se multiplicaram e se foram arrastando ao longo do ano, sem se vislumbrar condições de saudá-las, face tudo isso ter sido inevitável no lastro de 2018.
E eis que despontou a aurora do ano novo de 2019, trazendo em seu bojo carregado de esperanças mil, sendo festejado por todos, visto ser o povo brasileiro, um povo essencialmente festeiro, que mesmo com as dívidas e contas para pagar cumprimentou seu amigo desejando-lhe feliz ano novo, tão grande é o otimismo do sertanejo, que tem a resistência do ouricurizeiro e a firmeza do mandacaru, inspiradores dos poetas sertanejos diz o trecho de uma música regional “só mandacaru resistiu tanta dor”. 2019 está começando com velhos problemas e dívidas velhas atávicas a tudo isto tem-se o novo Presidente da República Jair Messias Bolsonaro que, topetudo como o é, chega prometendo o que os outros não fizeram, oxalá, pois, que ele consiga implantar em seu governo medidas populares condensadas nos ideais dos brasileiros que acreditaram nas suas propostas de campanha. Dizem a boca miúda que ele pretende “despetizar” o Brasil, que isto ocorra, mas não implante o “bolsonarismo”, cujos neologismos constituem-se a inspiração de muitos. Rui Barbosa (1849 – 1923) dizia que: “nem todos que mandam, mandam bem” pois os regimes que se implantam também se fragilizam. Que o cidadão seja visto como cidadão, com dignidade e respeito a cada um. Espera-se, pois, que novas perspectivas se abram voltando o Brasil a crescer, nenhum país pode se desenvolver com o número tão alto de desempregados, carecendo, portanto, que o governo veja esse quesito tão grave para a economia do Brasil.
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