Na segunda metade do século XX, surgiu em Santana do Ipanema – Médio Sertão alagoano – o modismo de degustar carne de Jabuti, também chamado cágado, nessa região. Com certeza havia por aqui, as duas espécies brasileiras, o jabuti-piranga e o jabuti-tinga. O primeiro é encontrado nas cinco regiões brasileiras, o segundo, no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Não sabemos quem foram os primeiros trucidadores dos quelônios, mas havia um comércio restrito aos apreciadores da iguaria. Eles eram capturados na caatinga do Alto Sertão e comprados por alguns mercadores santanenses, geralmente transportados em caçuás. Não havia ainda a proibição de hoje. Pessoas compravam para criar nos quintais por prazer ou para vendas aos apreciadores. Geralmente, os que compravam cágados, gostavam de beber. (Clerisvaldo B. Chagas - http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/search?q=Cagada+de+Santana+do+Ipanema – acesso em 09/04/2024 20:39
O texto acima do professor, historiador e romancista Clerisvaldo B. Chagas retrata um costume outrora difundido em Santana do Ipanema e que agora passa a fazer parte de uma pesquisa de doutorado da profª. Me. Ida Vanderlei Tenório Barros.
O trabalho tem por finalidade trazer mais informações sobre o uso do Jabuti na alimentação humana tentando entender quais fatores ecológicos e culturais são os responsáveis por esse hábito alimentar , como também a sua manutenção nas próximas gerações. A preocupação com a criação e consumo considerados ilegais pela legislação, aliados a tradição do uso na alimentação no município de Santana do Ipanema , bem como a busca de informações sobre a espécie justificam esta pesquisa, que tem como objetivo investigar os fatores, sociais, ambientais e econômicos que estão associados ao hábito de inserção do consumo do Jabuti na dieta alimentar na Região de Santana do Ipanema. A metodologia fará uso de um questionário com o objetivo de analisar este hábito do ponto de vista ecológico e cultural, avaliando a origem desse hábito e a sua manutenção nas futuras gerações. Os dados serão coletados através do Google formulário. Espera-se produzir conhecimento sobre as questões culturais e ecológicas deste hábito alimentar.
A pesquisadora está disponibilizando um formulário, cujo link apresentamos a seguir para que a comunidade possa colaborar com esse trabalho.
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