Linda manhã de abril. O caudaloso rio São Francisco desliza, belo e sereno, dividindo Sergipe e Alagoas, então províncias, onde as seguintes cenas foram desenroladas.
As primeiras chuvas reverdeceram os montes e fizeram desabrochar as flores silvestres. Sabiás, canários, galos-de-campina, desferiam acordes maviosos, glorificando, com a natureza engalanada, o sublime Artista – Deus!
Da espaçosa casa do fazendeiro de “Timbaúba”, à margem direita do rio, saiu uma linda jovem, acompanhada de sua não menos jovem escrava. Da margem oposta, uma canoa, impelida pelos robustos braços de um escravo, conduzia Luiz, filho do rico fazendeiro de “Boa Nova”.
A embarcação ancorou no porto da fazenda “Timbaúba”, onde já estavam à espera a jovem Inez e sua escrava. Inez, filha única dos proprietários da “Timbaúba”, amava desde a infância Luiz, sendo igualmente amada. Partidários, porém, de políticas opostas aos pais, apesar do parentesco, se odiavam. À medida que no coração dos filhos a seiva do amor se desenrolava, o ódio, no coração dos pais, maior domínio fazia.
Sabendo a oposição que os pais faziam ao casamento que tanto almejava, Luiz pedira a Inez uma entrevista. Estavam, assim, reunidos a combinar a fuga para a cidade próxima, onde se uniriam perante o altar de Deus, quando dois gritos foram ouvidos. Gritos de ódio, que fizeram estremecer os amorosos jovens! Por coincidência, passava, perto da margem, o pai de Luiz, em uma canoa, ao mesmo tempo que o de Inez, com alguns hóspedes, saía à caça. Vendo os filhos a conversar, todo o ódio se levantara e fizera com que soltassem duas exclamações terríveis. Inez foi conduzida à casa, Luiz seguiu com o pai, e os escravos receberam logo tremendos castigos.
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Blogs: UMA HISTÓRIA - De Isabel Marsiglia de Oliveira
LiteraturaPor Etevaldo Amorim 09/10/2022 - 21h 45min http://blogdoetevaldo.blogspot.com/2022/09/uma-historia.html?m=0
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