Colunistas: LENDO, ESCREVENDO

Literatura

Por Djalma de Melo Carvalho

Leio no conto “O Menino que Escrevia Versos”, do moçambicano Mia Couto, o seguinte diálogo havido entre o menino poeta e o médico. Este pergunta ao menino:
– Dói-te alguma coisa?
Resposta do menino:
– Dói-me a vida, doutor.
Recomendação do médico:
– Não pare, meu filho. Continue lendo...
Certa vez eu disse: “aprendi a ler, lendo; aprendi a escrever, escrevendo.”
Não sou poeta, e nada me dói a alma. Continuarei a ler, a pensar, a escrever. Para mim, escrever advém do ato de pensar, de criar. É supremo ato de inspiração.
Quem escreve verifica que os motes, os temas, surgem naturalmente, lentamente como o nascer do Sol na aurora. Resta-nos daí desenvolvê-los com o emprego da análise lógica (sintática) de cada sentença, de cada premissa, de cada conceito.
Devem estar a seu lado dicionários (“obstinadamente frequentados” por Graciliano Ramos, no dizer do escritor Ivan Marques, em Para Amar Graciliano, Faro Editoral, 2017, páginas 14/15). Também disse o escritor Gilberto Amado, na abertura/apresentação do Dicionário Aurélio, 5ª edição: “Escrevo com o dicionário. Sem dicionário não posso escrever – como escritor.”
A partir daí, uma vez formuladas as ideias, é só deslanchar.

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