Naquela manhã ensolarada de 8 de fevereiro de 1953, eu estava espremido, com outros garotos, entre autoridades nas escadarias internas do prédio da nova agência do Banco do Brasil que estava sendo inaugurada em Santana do Ipanema.
O governador Arnon de Melo e o prefeito Adeildo Nepomuceno cortavam a fita simbólica do ato inaugural. Fotógrafos registravam o importante evento. Muita gente na calçada e em frente ao prédio.
Após os discursos, curioso e desocupado, adentrei o salão principal do prédio. Confesso que andei apertando teclas de máquinas de contabilidade, beliscando salgadinhos e bebendo refrigerantes.
Conheci Aloísio Costa Melo, gerente-instalador da nova filial inaugurada, então residente com a família na Avenida Martins Vieira, na cidade, onde costumava modular sua aparelhagem da rádio-amador.
Não adivinhava que, oito anos depois, em 20 de julho de 1961, estaria eu tomando posse naquele mesmo prédio como funcionário do Banco do Brasil, aprovado em concurso público.
As voltas que o mundo dá levaram-me, transferido para Maceió, em 1975, para exercer novo cargo em comissão na agência do Banco do Brasil, situada na Rua Senador Mendonça, centro da capital alagoana.
Em Maceió, encontrei o colega Aloísio Costa Melo, já aposentado, escritor e membro efetivo da Academia Alagoana de Letras. Com ele fiz boa amizade, sabendo ele da minha procedência de Santana do Ipanema.
Entre outros livros de sua autoria, também e gentilmente me ofereceu um exemplar de Se Não me Falha a Memória (Sergasa, Maceio, 1992). Li-o mergulhado no delicioso relato de suas memórias, preso à leitura da primeira à última página. As recordações do autor e o clima de expectativa dos fatos narrados fizeram-me interessado em chegar, de uma sentada, ao final do livro.
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Colunistas: FIAPOS DE LEMBRANÇAS
LiteraturaPor Djalma de Melo Carvalho 17/01/2021 - 01h 19min Reprodução Internet

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