Uma reunião extraordinária do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) será acionada por parte do governo estadual para tentar resolver o problema gerado no orçamento do Programa do Leite por causa do corte de recursos por parte do governo federal. A informação foi confirmada pelo governador Renan Filho, durante agenda institucional em Major Isidoro, na quinta-feira,5. De R$ 30 milhões, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) confirmou que só irá destinar R$ 10 milhões, sendo R$ 5 milhões para esse ano e o restante para 2019.
Fazendo duras críticas à falta de sensibilização e interesse por parte da gestão federal à causa do pequeno produtor do semiárido de Alagoas, Renan Filho disse que vai trabalhar para“equilibrar os repasses”.
“Vou resolver essa situação,aportar mais recursos para garantir a continuidade do Programa do Leite e procurar ajudar e equilibrar as coisas. Mas não imagine que o estado pode substituir as ineficiências do governo federal. Eu vou manter o programa do leite. Infelizmente esse governo e o pessoal do centro-sul não se preocupam com o agricultor familiar”, disse o governador.
O governador ainda lembrou que, por contrato, o governo federal teria que destinar 80% dos recursos e o governo estadual 20%. “Nos últimos anos tenho colocado 60% e o governo federal 40%. Vou me esforçar, fazer uma reunião extraordinária do Fecoep para aprovar recursos e manter a bacia leiteira produzindo. Nós precisamos, ainda, nos mobilizar para, em Brasília, não permitirmos mais cortes de recursos federais para Alagoas”, exclamou o governador. O orçamento que vinha sido praticado pelo Programa é R$ 37,5 milhões.
Em clima de preocupação coletiva, mediante a confirmação dada pela Secretária de Agricultura (Seagri) de que o Programa só teria recursos até o fim de julho, dezenas de pequenos produtores realizaram um ato, em paralelo ao evento do governo do estado, para “pedir socorro” ao governador.
“Infelizmente, o governo federal não tem demonstrado nenhum interesse em manter milhares de produtores empregados e famílias fora da pobreza. Queremos manifestar toda nossa indignação pelo descaso e ao mesmo tempo agradecer pelo que o governador tem feito para continuar o Programa. São três anos seguidos em que temos essa falta de repasse. É muito grave querer tirar o sustento de toda uma atividade econômica”, desabafou a produtora associada da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas, Ana Andrade.
A cooperativa repassou ao governador Renan a situação de momento do Programa e um documento propondo a liberação de R$ 8 milhões para assegurar o funcionamento do programa até outubro desse ano. Isso porque o governo estadual também cogita repassar R$ 2 milhões. até 7,5 após as eleiçõe repactuar e reistituir com brasilia os 30par ao proximo ano uma junão entre bancada e senaore . pra recurso tem que colocar os para temrinar o ano 7,5.
“Estamos muito preocupados. Vamos tentar canalizar junto ao governo recursos para manter o programa funcionando e partir para uma mobilização em Brasília para repactuar o convêncio e restituir via bancada federal antes que o programa fique totalmente inviabilizado. Mesmo assim estamos agilizando a documentação para renovar o convênio com o governo federal”, reconheceu Aldemar Monteiro, presidente da CPLA.
A paralisação no Programa do Leite também foi assunto para o deputado federal e ex-ministro o Turismo, Marx Beltrão. “Vou apurar quais foram as justificativas para concretização desse corte tão drásticos com nosso estado e colocar a disposição todas as nossas ferramentas para negociar e trazer de volta os recursos ”, avisou Marx Beltrão.
Além da CPLA, o Programa do Leite integra cooperados da Copaz, Cafisa e Agra e Cooperativa Pindorama. São 180 mil famílias que recebem quatros litros de leite por semana, nos 102 municípios do estado. No campo, o programa é sinônimo de renda fixa para 3 mil produtores que destinam 50 mil litros de leite por dia.
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