Bélgica leva susto, mas despacha Japão no último lance e será a adversária do Brasil nas quartas

Esportes

Por Globoesporte.com

Lukaku, da Bélgica, contra o Japão

De todos os jogos de oitavas de final, o que parecia ter maior disparidade técnica era Bélgica x Japão - o duelo entre a "poderosa geração belga", dona da melhor campanha na primeira fase da Copa do Mundo, contra o Japão, que se classificou com apenas quatro pontos, superando Senegal no Grupo H por conta do número de cartões amarelos. A partida em Rostov, porém, foi dramática. E a classificação dos belgas veio de virada, no fim da partida, por 3 a 2 - o Japão chegou a abrir 2 a 0 no início do segundo tempo, mas acabou cedendo ao jogo físico da Bélgica. Haraguchi e Inui fizeram os gols japoneses. Vertonghen, Fellaini e Chadli (nos acréscimos) viraram para os belgas, que serão os adversários do Brasil nas quartas de final.

A Bélgica não encontrou a facilidade que muitos esperavam. Foi melhor, sim, é verdade. Mas não tão superior, pelo menos não durante toda a etapa inicial. O Japão mostrou recurso, alternando seu estilo de marcação - ora lá em cima, sem deixar os belgas saírem com a bola, ora se fechando em seu campo de defesa, buscando o contra-ataque. Faltou, porém, qualidade aos homens de frente do Japão. Já os belgas não conseguiram uma situação clara de gol, apesar da pressão. As bolas que chegaram a Lukaku vinham mascadas, nunca limpas. Das dez tentativas de finalização da Bélgica, quatro foram travadas e só duas no alvo - nenhuma para a rede.

Com dois gols em seis minutos, o Japão surpreendeu a Bélgica. No primeiro, Vertonghen falhou, e Haraguchi apareceu livre na área para chutar cruzado, sem chance para Courtois. No segundo, ninguém marcou Inui, e o meia japonês acertou um petardo de fora da área. A Bélgica entrou em parafuso. O técnico Roberto Martínez tirou os habilidosos Mertens e Chadli para colocar Fellaini e Chadli. A mensagem era clara: tentar algo no jogo áereo. Deu certo. Primeiro aos 23, com Vertonghen, de forma improvável - ele tentou cabecear para o centro da área e a bola acabou entrando; depois aos 28, com o próprio Fellaini, de cabeça, aproveitando cruzamento de Hazard. O gol salvador veio nos acréscimos, com Chadli, aproveitando contra-ataque (depois de Honda quase fazer o terceiro gol japonês de falta). Que drama, amigos!

Lembra dele?

Thierry Henry, o francês carrasco da seleção brasileira na Copa de 2006, estará novamente no caminho do Brasil. Ele é auxiliar técnico de Roberto Martínez na seleção da Bélgica, responsável direto pelo treinamento dos atacantes.

Thierry Henry (à esq), carrasco do Brasil em 2006, é o treinador dos atacantes da Bélgica - dentre eles, Romelu Lukaku, que tem quatro gols na Copa, mas passou em branco contra o Japão (Foto: Reuters)


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Porque é oportunidade para pedir folga no trabalho e faltar na escola: sexta-feira, às 15h de Brasília, tem Brasil x Bélgica, direto de Kazan, pelas quartas de final da Copa do Mundo.

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