Caminhando pelas bermas da estrada ia indo tranquilo numa tarde invernosa. As plantas nativas estavam belas e vistosas. Aquela caminhada já durava algum tempo e eu não me apercebera. Era bonito ver aquelas frágeis plantinhas invadindo a margem do asfalto. Repentinamente, começou uma forte chuva carregada de vento, relâmpago e trovão. Ainda assim, continuei caminhando pensando que iria resistir. De repente, uns trovões pareciam sacudir o firmamento e aí eu fui ficando meio receoso de continuar a caminhada daquela maneira. Então, na tentativa de voltar, um relâmpago furioso fez tudo parar a minha volta. Procurei abrigo e esperei!
Naquele instante, percebi que o tempo houvera mudado. Ou era eu? Nesse momento, uma voz interior me fazia pensar no deus tempo e como eu cuidava desse tema. Fiquei intrigado, pois compreender o significado era complexo. Como se cuida do tempo? Do tempo só se mantém lembranças, experiências e a capacidade de fazer no porvir, pensei! É impossível é restauração das horas. Enquanto escrevo, esse breve tempo já se foi... Como se pode guardar o tempo? Embora contraditório, o tempo se guarda deixando que flua porque não tem coisa pior que esperar pelo tempo confiando que vai trazer instantaneamente as mudanças que precisamos e esperamos. A contradição é um das variáveis eficientes do tempo...
Clique Aqui e veja a crônica completa
Literatura: O Guardião das Horas
CulturaPor Redação com João Neto Félix Mendes 10/06/2018 - 23h 25min Reprodução Google

Comentários