Apesar de ontem e do que vivemos hoje, vamos lutar por um amanhã!

Opinião

Por Manoel Augusto de Azevedo Santos

O Sertão de Alagoas é um a região sempre traída, super traída e no melhor dos termos, subtraída. Isso tudo, graças ao engodo político que nos enternece, nos emudece e consequentemente nos empobrece. As realizações dos nossos sonhos, quando dificultosamente vêm acontecer, terão passados por tempos secos, cujos resultados raramente correspondem ao que se pretendia.

Uma região que teve sua colonização motivada pela capacidade produtiva do setor primário em toda sua plenitude, conforma-se com a sub existência, embora esta cada vez mais se torne mais e mais subtraída nos seus valores, nas suas potencialidades e até no contexto do seu moral,cada vez mais rebaixado.

Durante tantos anos vivemos e convivemos cada vez mais e mais sem anuência política. Falta-lhes - ?às chamadas lideranças?, vontade, coragem e na maioria delas competência para realizarem com seriedade e objetividade, o projetos sonhados e desejados pelas comunidades sertanejas. Os primeiros colonizadores foram os sustentáculos da economia macro regional. Enquanto no litoral e zona da mata se produzia açúcar, bebidas, tecidos e madeiras, para exportação, no Sertão se produzia cereais, algodão, carnes e laticínios, entre outros produtos.

Era o Sertão a base de apoio ao consumo das populações litorâneas.
Essa ação durou mais de cem anos. Hoje, em plena era moderna, passamos necessidades e temos dificuldade até em nossa sobrevivência. Dependemos dos favores daqueles que nos iludem e o fazem com frequência ainda hoje. Chegamos até a achar que é ?nos enganando que nos realizamos? !!! Como diz o ditado: ME ENGANA QUE EU GOSTO!!!

Por outro lado, a ?burocracia? contamina a nossa cultura e a faz denegri-la, rebaixando-a do seu sublime e natural pedestal, o que nos faz achar, pela inusitada capacidade produtiva e escassez de talento, que a gestão pública não passa de um processo BURROCRÁTICO, cujo poder que emana do povo (em cada eleição) é exercido em benefício daqueles que se dizem os seus representantes.

Se antes caminhava ?mos, hoje rastejamos com perda até da nossa memória histórica e cultural, cujos argumentos freqüentes são bestiais. Diz-se tratar-se de nova era moderna. Na verdade vivemos nas últimas décadas mudanças modernosas, cavernosas e horrorosas, até de comportamentos morais e éticos. Assim constatamos na decadência da economia regional, inteiramente dependente de favores, de ?doações? e de compensações daqueles que deram suor, lágrimas e até sangue, durante o tempo em que a sua ?vida era útil?, ao se aposentarem, são encostados, desprezados, desconsiderados e...esquecidos.

A Educação que no passado atendia a uns poucos, se mantinha com um certo grau de qualidade. Hoje, com a chamada universalização e abertura de cotas, tornou-se caótica. O Brasil se mantém entre os países de mais baixo índice de qualidade educacional e o nosso Estado é o de mais baixo nível entre os Estados brasileiros, cujos índices são mais rebaixados ainda em nosso município.

Quanto a saúde, vivemos uma dramática situação! Temos hospital, temos médicos, temos conversas e mais conversas, mais desculpas e mais desculpas, mas o atendimento é cada vez mais falho e deficiente, tornando o sofrimento da população algo rotineiro. Até quando? Porque? Como?

Quanto a segurança, temos que apelar para Deus! Nem em casa de muro alto estamos tranqüilos...Isto tudo somado a tantas outras loucuras artificiais e naturais, deixam nosso ambiente contaminado, deteriorado, inaceitável e empobrecido.

Quarenta e cinco por cento do que produzimos vai para o Governo, enquanto o Governo pouco produz para o povo e quando produz lhe impõe exigências, normas e condições que na verdade dificultam o dia a dia e impedem até o desenvolvimento econômico e social, na maioria das vezes. Segundo um dito popular, ?o Brasil e suas comunidades crescem a noite quando os políticos e gestores públicos dormem? !!! Mas nem por isso devemos nos acomodar.

Acordemos minha gente, caminhemos pra frente que atrás vem mais gente...

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